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‘Relógio do Juízo Final’ se mantém a 90 segundos do limite para catástrofe global

O mais longe que a humanidade já esteve de seu ponto mais crítico foi após o fim da Guerra Fria, em 1991, quando ficou em 17 minutos

Foto: Handout / Hastings Group Media / AFP
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O simbólico “Relógio do Juízo Final” se manteve em 90 segundos para a meia-noite nesta terça-feira (23), refletindo as ameaças existenciais à humanidade decorrentes de uma possível escalada nuclear do conflito entre Ucrânia e Rússia e dos impactos múltiplos da crise climática após o ano mais quente já registrado na Terra.

Estabelecido pelos principais cientistas e especialistas em segurança, o indicador continua no mesmo lugar do ano passado, o ponto mais próximo da meia-noite em mais de 75 anos de história do relógio.

“As tendências continuam apontando de forma ameaçadora para uma catástrofe global”, disse Rachel Bronson, presidente e diretora-executiva do Bulletin of Atomic Scientists.

Em vez de abandonarem as armas nucleares, os países que as detêm estão ampliando e aprimorando seus arsenais, ameaçando estabelecer uma nova corrida armamentista, enquanto incontáveis inundações, incêndios e outros desastres marcaram o ano mais quente já registrado na história — um aumento na temperatura média de 1,48ºC —, com pouca ação significativa frente à mudança climática.

“A pesquisa biológica destinada a prevenir futuras pandemias mostrou-se útil, mas também apresenta os riscos de causar uma”, disse, em referência à covid-19 no mundo, enquanto os recentes avanços no campo da Inteligência Artificial levantam questões sobre como controlar uma tecnologia “que poderia melhorar ou ameaçar a civilização de inúmeras formas”, completou Bronson.

Originalmente, a contagem começou no relógio fixado a sete minutos da meia-noite. O mais longe que a humanidade já esteve de seu ponto mais crítico foi após o fim da Guerra Fria, em 1991, quando ficou em 17 minutos.

Este boletim informativo foi criado em 1945 por Albert Einstein, J. Robert Oppenheimer e outros grandes cientistas que trabalharam no Projeto Manhattan, que produziu as primeiras armas nucleares.

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