Reino Unido registra mais de 50 mil casos diários de Covid pela primeira vez desde julho

O país tem uma das taxas de infecção mais altas do mundo, igualando os níveis da onda do inverno passado

Foto: Paul ELLIS/AFP

Apoie Siga-nos no

O Reino Unido registrou nesta quinta-feira 21 mais de 50 mil novos casos de Covid-19 pela primeira vez desde meados de julho, confirmando a deterioração da situação sanitária, em meio a crescentes apelos para reimpor restrições como o uso de máscaras em ambientes fechados.

 

 

A pandemia, desaparecida por semanas nas notícias e conversas, está de volta na agenda do Reino Unido.

O país tem uma das taxas de infecção mais altas do mundo, igualando os níveis da onda do inverno passado, que levou a um confinamento de quatro meses.


As hospitalizações e mortes ainda são muito menores, mas estão aumentando.

O número de novos casos diários subiu para 52.009 nesta quinta-feira e o número de mortos para 115, levando a 139.146 óbitos desde o início da pandemia em um país de 66 milhões de habitantes.

O governo admitiu na quarta-feira que 100.000 casos diários poderiam ser alcançados em breve, mas se recusou a reimpor algumas das restrições levantadas em julho, insistindo que os jovens se vacinem e aqueles com mais de 50 anos recebam uma terceira dose de reforço.

“Os números de infecção são altos, mas estamos dentro dos parâmetros esperados”, disse o primeiro-ministro Boris Johnson na quinta-feira.

À medida que a situação se agrava, aumentam os apelos para que o governo lance o seu “plano B”, que inclui o retorno das máscaras e do teletrabalho e a eventual imposição de passaportes de vacinação em alguns locais.

A Associação Médica Britânica acusou o governo de “negligência intencional”, chamando a situação atual de “insustentável” e apelando a uma ação imediata.

Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, que têm competências em saúde, continuam a impor o uso de máscaras em ambientes internos.

A política superliberal do governo Johnson é uma das hipóteses levantadas por alguns cientistas para explicar a atual deterioração. Outros fatores citados são a baixa vacinação entre os menores e a lentidão da campanha de reforço para quem foi vacinado há mais de seis meses e vê sua imunidade diminuir.

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.