Mundo
Reino Unido financiou treinamento militar de governos ditatoriais na África
País gastou cerca de 8 milhões de reais com equipes de polícia e segurança de Congo e Sudão, responsáveis por atrocidades em seus territórios
O governo do Reino Unido gastou 2,4 milhões de libras (cerca de 8 milhões de reais) nos últimos cinco anos em treinamento militar e de equipes de policia e segurança de regimes ditatoriais sob embargo de armas, denunciou o jornal britânico The Guardian. Entre os países beneficiados estão o Sudão e a República Democrática do Congo.
Omar al-Bashir, presidente do Sudão, por exemplo, possui há anos mandados de prisão emitidos pelo Tribunal Penal Internacional. Ele é acusado de genocídio, crimes de guerra e contra a humanidade.
A situação no Congo não é muito diferente. A ONU alertou para registros de casos extensivos de violação de direitos humanos, como assassinatos, tortura, desaparecimentos forçados e prisões arbitrárias. As principais vítimas destas ações seriam os oponentes do presidente Joseph Kabila.
O diário destaca que o Ministério da Defesa informou por meio de um ato de acesso à informação que formam gastos mais de 75 mil libras em cursos de 44 semanas na Academia Real Militar Sandhurst para as forças sudanesas e congolesas. Há também despesas com logísticas militares, cursos de equipes e comando e inteligência estratégica.
Foram gastas ainda 953 mil libras (cerca de 3 milhões de reais) em apoio de paz internacional, incluindo segurança de fronteiras e estabilização política. Mas grande parte da preocupação sobre violações de direitos humanos no Sudão se concentra na fronteira com o recém-independente Sudão do Sul, onde há constantes conflitos nos estados de Nilo Azul e Cordofão do Sul. Além disso, o Sudão enfrenta uma situação tensa no conflito de Darfur, no qual houve o genocídios de 300 mil darfurianos e o deslocamento forçado de mais de 4 milhões de pessoas.
O governo do país nega o acesso humanitário às áreas de fronteira e realizaram em maio diversos bombardeios indiscriminados na região do Cordofão.
No Congo, estudos mostram que os soldados são responsáveis por ao menos 60% dos estupros reportados no país. Entre os casos mais marcantes, a ONU implicou integrantes das forças congolesas na agressão sexual de pelo menos 121 mulheres durante três dias em um vilarejo na província de Kivu do Sul.
O governo do Reino Unido gastou 2,4 milhões de libras (cerca de 8 milhões de reais) nos últimos cinco anos em treinamento militar e de equipes de policia e segurança de regimes ditatoriais sob embargo de armas, denunciou o jornal britânico The Guardian. Entre os países beneficiados estão o Sudão e a República Democrática do Congo.
Omar al-Bashir, presidente do Sudão, por exemplo, possui há anos mandados de prisão emitidos pelo Tribunal Penal Internacional. Ele é acusado de genocídio, crimes de guerra e contra a humanidade.
A situação no Congo não é muito diferente. A ONU alertou para registros de casos extensivos de violação de direitos humanos, como assassinatos, tortura, desaparecimentos forçados e prisões arbitrárias. As principais vítimas destas ações seriam os oponentes do presidente Joseph Kabila.
O diário destaca que o Ministério da Defesa informou por meio de um ato de acesso à informação que formam gastos mais de 75 mil libras em cursos de 44 semanas na Academia Real Militar Sandhurst para as forças sudanesas e congolesas. Há também despesas com logísticas militares, cursos de equipes e comando e inteligência estratégica.
Foram gastas ainda 953 mil libras (cerca de 3 milhões de reais) em apoio de paz internacional, incluindo segurança de fronteiras e estabilização política. Mas grande parte da preocupação sobre violações de direitos humanos no Sudão se concentra na fronteira com o recém-independente Sudão do Sul, onde há constantes conflitos nos estados de Nilo Azul e Cordofão do Sul. Além disso, o Sudão enfrenta uma situação tensa no conflito de Darfur, no qual houve o genocídios de 300 mil darfurianos e o deslocamento forçado de mais de 4 milhões de pessoas.
O governo do país nega o acesso humanitário às áreas de fronteira e realizaram em maio diversos bombardeios indiscriminados na região do Cordofão.
No Congo, estudos mostram que os soldados são responsáveis por ao menos 60% dos estupros reportados no país. Entre os casos mais marcantes, a ONU implicou integrantes das forças congolesas na agressão sexual de pelo menos 121 mulheres durante três dias em um vilarejo na província de Kivu do Sul.
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