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Reino Unido envia navio de guerra à Guiana em meio a tensões com a Venezuela

Divergência entre os dois países se acentuou após a realização de um referendo sobre a soberania de Essequibo

Reino Unido envia navio de guerra à Guiana em meio a tensões com a Venezuela
Reino Unido envia navio de guerra à Guiana em meio a tensões com a Venezuela
Vista de Kaieteur, cachoeira localizada no Essequibo. Foto: Martín Silva/AFP
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O Reino Unido anunciou neste domingo 24 o envio de um navio militar para a Guiana, uma ex-colônia que enfrenta renovadas reivindicações territoriais da Venezuela sobre o Essequibo, uma região rica em petróleo que representa dois terços de sua superfície.

“O ‘HMS Trent’ irá este mês para a Guiana, nosso aliado regional e parceiro na Commonwealth, para uma série de compromissos na região”, informou o ministério da Defesa britânico em comunicado, sem fornecer mais detalhes.

De acordo com a BBC, o navio deve participar de manobras militares após o Natal com outros aliados da Guiana, que foi uma colônia britânica até 1966. A emissora britânica não especificou quais outros países colaborarão na missão.

Londres já havia mostrado seu apoio à Guiana com a viagem no início da semana de David Rutley, chefe da diplomacia britânica nas Américas.

O ‘HMS Trent’, que costuma operar no Mar Mediterrâneo, já havia se deslocado no início de dezembro para o Caribe para combater o tráfico de drogas.

A Venezuela reivindica há mais de um século a soberania sobre este território de 160.000 km². No entanto, sua reivindicação se intensificou após a descoberta de vastas reservas de petróleo nesta região em 2015.

A Guiana argumenta que um tribunal de arbitragem em Paris estabeleceu as fronteiras em 1899, entre a Venezuela e a então colônia.

As tensões entre os dois países se acentuaram após a realização de um referendo sobre a soberania do Essequibo em 3 de dezembro na Venezuela.

No entanto, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e seu homólogo da Guiana, Irfaan Ali, se reuniram em 15 de dezembro e reduziram a tensão, embora não tenham resolvido suas diferenças fundamentais.

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