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Reino Unido convoca embaixador chinês após detenção de jornalista da BBC

A BBC informou no domingo que um de seus jornalistas na China, Ed Lawrence, foi detido e “agredido e chutado pela polícia” enquanto cobria as manifestações

Reino Unido convoca embaixador chinês após detenção de jornalista da BBC
Reino Unido convoca embaixador chinês após detenção de jornalista da BBC
Dada a demanda de recursos naturais e a rivalidade cada vez maior entre a China e os EUA, envolvendo seus aliados e simpatizantes, é inevitável que o Pacífico e suas ilhas se tornem foco de confrontos geopolíticos no século XXI. Foto: AFP
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O governo britânico convocou o embaixador chinês em Londres, após a prisão de um jornalista da rede BBC, enquanto cobria os protestos em Xangai contra a política anticovid da China – informou uma fonte do governo nesta terça-feira (29).

O embaixador Zheng Zeguang foi convocado ao Ministério das Relações Exteriores, disse a mesma fonte, acrescentando apenas que o Executivo está em contato com o jornalista desde sua libertação.

A BBC informou no domingo que um de seus jornalistas na China, Ed Lawrence, foi detido e “agredido e chutado pela polícia” enquanto cobria as manifestações, o que o chefe da diplomacia britânica, James Cleverly, chamou de “profundamente preocupante” na segunda-feira.

“A liberdade de imprensa e a liberdade de manifestação devem ser respeitadas”, e “nenhum país está isento disso”, insistiu Cleverly no Twitter, ressaltando que “os jornalistas devem poder fazer seu trabalho sem serem intimidados”.

A prisão de Lawrence ocorreu em um contexto de tensão entre Pequim e Londres, em meio às fortes críticas do Reino Unido pela restrição de liberdades na ex-colônia britânica de Hong Kong e pelos violentos incidentes registrados recentemente em representações chinesas em solo britânico.

No último fim de semana, centenas de pessoas protestaram em várias cidades da China contra os confinamentos e as restrições impostas pelas autoridades para combater a epidemia de coronavírus.

Desencadeada por essa mobilização, a revolta que toma o país parece sem precedentes desde as manifestações pró-democracia de 1989, que foram reprimidas de forma sangrenta.

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