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Reino Unido analisa relatos de ataque químico em Mariupol, na Ucrânia

A Rússia, por sua vez, negou ter cometido qualquer crime de guerra durante sua ofensiva na Ucrânia

Reino Unido analisa relatos de ataque químico em Mariupol, na Ucrânia
Reino Unido analisa relatos de ataque químico em Mariupol, na Ucrânia
Vídeo publicado por parlamentar ucraniana mostra explosão em Mariupol. Foto: Reprodução
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O Reino Unido está tentando verificar as informações de que a Rússia teria usado armamento químico na cidade portuária de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, indicou a ministra das Relações Exteriores britânica nesta segunda-feira (11).

“Informações de que as forças russas poderiam ter usado agentes químicos em um ataque contra a população de Mariupol. Estamos trabalhando urgentemente com sócios para verificar detalhes”, disse Liz Truss no Twitter.

“Qualquer uso deste armamento é uma cruel escalada neste conflito e Putin e seu regime deverão prestar contas”, acrescentou.

A deputada ucraniana Ivanna Klympush disse que a Rússia usou uma “substância desconhecida” em Mariupol e que a população apresentava problemas respiratórios. “O mais provável, armas químicas”, tuitou.

Em mensagem enviada pelo aplicativo Telegram, um assistente da prefeitura de Mariupol esclareceu que o ataque químico “não está confirmado no momento”. “Estamos aguardando informações oficiais do exército”, escreveu Petro Andryushchenko.

Mais cedo, o Batalhão Azov, uma força ucraniana, assinalou no Telegram que um drone russo havia despejado uma “substância venenosa” nas tropas e civis ucranianos em Mariupol. O grupo afirmou que as pessoas apresentavam problemas respiratórios e neurológicos.

“Três pessoas têm claros sintomas de envenenamento por armas químicas, mas sem consequências catastróficas”, declarou em um vídeo o líder do batalho, Andrei Biletsky, garantindo que o ataque aconteceu na enorme usina metalúrgica Azovstal.

A AFP não foi capaz de verificar independentemente essas denúncias.

O porta-voz do Pentágono indicou nesta segunda-feira que estava ciente dessas informações, mas não pôde confirmar este tipo de ataque na cidade assediada às margens do mar de Azov.

Um alto responsável dos separatistas pró-Rússia da região de Donetsk (leste), Eduard Basurin, falou sobre a possibilidade de usar armamento químico contra a cidade portuária que tem resistido a bombardeios durante semanas.

Basurin assegurou que suas forças poderiam “empregar tropas químicas que encontrarão uma forma de fazer as toupeiras fugir de suas tocas”, disse em declarações à agência russa RIA Novosti.

A Rússia negou ter cometido qualquer crime de guerra durante sua ofensiva na Ucrânia.

Serviços de inteligência ocidentais e analistas apontaram para a possibilidade de Moscou recorrer a armas não convencionais diante do pequeno avanço de sua ofensiva e da impaciência do presidente Vladimir Putin ante a resistência ucraniana.

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