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Rei inicia consultas para formação de novo governo na Espanha

Ao concluir as consultas, o rei Filipe VI terá de decidir se encarrega a formação do novo governo a Sánchez ou ao conservador Feijóo

Foto: JAVIER SORIANO / AFP
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O rei da Espanha Filipe VI iniciou nesta segunda-feira (21) consultas com os partidos políticos para a formação de um novo governo, com o socialista Pedro Sánchez mais perto de manter o poder que seu adversário conservador de desbancá-lo.

A um mês das eleições legislativas de 23 de julho, o chefe de Estado espanhol começou a rodada de consultas com os diferentes partidos políticos. Receberá seus representantes no Palácio de la Zarzuela para concluir quem tem mais possibilidades de ser bem-sucedido nesse processo, afirmou a Casa Real.

Durante dois dias, Filipe VI se reunirá com partidos políticos em ordem crescente, ou seja, começando por aqueles que conseguiram menos cadeiras na Câmara dos Deputados até o Partido Popular (PP, conservadores) de Alberto Núñez Feijóo, vencedor das eleições.

Ao concluir as consultas, o rei terá de decidir se encarrega a formação do novo governo a Sánchez, ou a Feijóo.

Apesar de o PP de Feijóo ter conquistado 137 dos 350 assentos no Congresso, 16 a mais que os socialistas de Pedro Sánchez, tem menos possibilidades de alianças para chegar à maioria absoluta necessária para formar o governo.

Perto da sessão de investidura, os dois blocos, o do Governo em final de mandato de Sánchez e o da direita e da extrema-direita, contariam com o apoio de 171 deputados cada um.

Sánchez espera alcançar a maioria absoluta com os votos dos sete deputados do Juntos pela Catalunha, a formação do separatista catalão Carles Puigdemont. Na semana passada, concordaram que uma socialista, Francina Armengol, fosse eleita como presidente do Congresso, mas advertiram que o apoio custaria caro.

Nesta segunda, o PP defendeu que Feijóo deveria receber o apoio do rei, já que chega à rodada de consulta “com mais votos” comprometidos, disse um de seus porta-vozes, Esteban González Pons, à rádio Cope.

Ontem, o ministro da Presidência do governo em final de mandato, Félix Bolaños, estimou, no entanto, que uma tentativa de investidura de Feijóo seria “uma perda de tempo”, alegando que lhe seria impossível arrecadar os votos necessários.

Se Feijóo fracassar em ser investido no Congresso, uma contagem regressiva de dois meses será ativada para que as eleições legislativas sejam repetidas, a menos que, nesse período, Sánchez obtenha apoio e reformule sua coalizão de esquerda.

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