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Regime aumenta violência e líderes mundiais pedem sanções na ONU

Segundo organização de direitos humanos, tropas de Bashar al-Assad mataram 80 pessoas apenas no domingo

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As tropas do regime do presidente Bashar al-Assad recuperaram terreno após violentos combates perto de Damasco, capital da Síria, enquanto árabes e europeus se prepararam para defender na terça-feira 31, no Conselho de Segurança da ONU, uma resolução contra o governo do país.

Segundo os militantes opositores, a violência alcançou no fim de semana sua maior intensidade desde o início da mobilização contra Assad, em março.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), com sede na Grã-Bretanha, indicou que 80 pessoas morreram no domingo 29 e que os combates e as operações das forças de segurança foram retomadas nesta segunda-feira 30, deixando ao menos 27 mortos, 21 deles civis.

Na cidade de Homs (centro), as forças de segurança mataram 17 civis e outros quatro morreram em confrontos na província de Deraa (sul), dois bastiões da mobilização contra o regime. Além disso, seis agentes de segurança e quatro civis foram mortos em Hirak, na província de Deraa, informou o OSDH.

A organização opositora afirma que as tropas governamentais entraram na segunda-feira na cidade de Rankous, 40 km ao norte de Damasco, para retomar o controle de uma zona que mantiveram cercada por seis dias. Militantes contra o regime denunciam que franco-atiradores “disparavam contra qualquer coisa que se movesse” nos subúrbios no leste da capital.

As novas ações de violência do regime levaram o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil el-arabi, e o chefe do Conselho Nacional Sírio (CNS), órgão que reúne grande parte da oposição deste país, Burhan Ghaliun, a viajar a Nova York com a esperança de influenciar na terça-feira o Conselho de Segurança em busca de sanções à Síria.

Arabi, que apresentará o plano da Liga para o país na terça-feira, disse esperar “uma mudança de posição” da China e da Rússia em “relação ao projeto de resolução do Conselho de Segurança, que deveria adotar o plano” da organização que ele dirige.

Os países europeus e árabes trabalham juntos para elaborar um texto que pede apoio internacional ao plano defendido pela Liga Árabe e prevê o fim da violência e a transferência dos poderes do presidente Assad ao seu vice-presidente antes do início das negociações com a oposição.

Também no plano diplomático, a Rússia indicou nesta segunda-feira que o governo da Síria está disposto a iniciar em Moscou um diálogo informal com a oposição, mas, pouco depois, Ghaliun descartou negociar enquanto Assad permanecer no cargo de presidente.

Aliada tradicional da Síria, a Rússia, que tem a possibilidade de vetar um projeto aprovado por outros membros do Conselho de Segurança, negou-se até o momento a apoiar o projeto de resolução de europeus e árabes.

Reação internacional

Após a nova onda de violência, o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, viajará às Nações Unidas para pressionar por uma resolução sobre a Síria, informou a chancelaria nesta segunda-feira. Londres pediu que a comunidade internacional se una e expressou sua preocupação após a Liga Árabe ter suspendido sua missão de observadores devido à violência.

O ministro das Relações Exteriores francês, Alain Juppé, também irá a Nova York, segundo um anúncio feito em Paris.

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, também pediu que a ONU aja para pôr fim à violência na Síria e condenou “nos termos mais firmes” a escalada dos ataques praticados pelo regime contra o povo sírio.

“O Conselho de Segurança deve agir a fim de fazer que o regime sírio saiba com clareza que a comunidade internacional considera essas ações uma ameaça à paz e à segurança”.

Com informações AFP.

Leia mais em.

As tropas do regime do presidente Bashar al-Assad recuperaram terreno após violentos combates perto de Damasco, capital da Síria, enquanto árabes e europeus se prepararam para defender na terça-feira 31, no Conselho de Segurança da ONU, uma resolução contra o governo do país.

Segundo os militantes opositores, a violência alcançou no fim de semana sua maior intensidade desde o início da mobilização contra Assad, em março.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), com sede na Grã-Bretanha, indicou que 80 pessoas morreram no domingo 29 e que os combates e as operações das forças de segurança foram retomadas nesta segunda-feira 30, deixando ao menos 27 mortos, 21 deles civis.

Na cidade de Homs (centro), as forças de segurança mataram 17 civis e outros quatro morreram em confrontos na província de Deraa (sul), dois bastiões da mobilização contra o regime. Além disso, seis agentes de segurança e quatro civis foram mortos em Hirak, na província de Deraa, informou o OSDH.

A organização opositora afirma que as tropas governamentais entraram na segunda-feira na cidade de Rankous, 40 km ao norte de Damasco, para retomar o controle de uma zona que mantiveram cercada por seis dias. Militantes contra o regime denunciam que franco-atiradores “disparavam contra qualquer coisa que se movesse” nos subúrbios no leste da capital.

As novas ações de violência do regime levaram o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil el-arabi, e o chefe do Conselho Nacional Sírio (CNS), órgão que reúne grande parte da oposição deste país, Burhan Ghaliun, a viajar a Nova York com a esperança de influenciar na terça-feira o Conselho de Segurança em busca de sanções à Síria.

Arabi, que apresentará o plano da Liga para o país na terça-feira, disse esperar “uma mudança de posição” da China e da Rússia em “relação ao projeto de resolução do Conselho de Segurança, que deveria adotar o plano” da organização que ele dirige.

Os países europeus e árabes trabalham juntos para elaborar um texto que pede apoio internacional ao plano defendido pela Liga Árabe e prevê o fim da violência e a transferência dos poderes do presidente Assad ao seu vice-presidente antes do início das negociações com a oposição.

Também no plano diplomático, a Rússia indicou nesta segunda-feira que o governo da Síria está disposto a iniciar em Moscou um diálogo informal com a oposição, mas, pouco depois, Ghaliun descartou negociar enquanto Assad permanecer no cargo de presidente.

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