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Reforma trabalhista faz Brasil entrar na ‘lista suja’ da OIT novamente

Impactos da reforma trabalhista de 2017 levaram a OIT a colocar os olhos no Brasil

(Foto: Crozet/Pouteau - OIT)
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Em conferência da Organização Internacional do Trabalho, que teve início esta segunda-feira 10, o Brasil descobriu que estava prester a ser o próximo nome da ‘lista suja’ da OIT, que investiga países que violam direitos trabalhistas. A decisão do Comitê do órgão aponta irregularidades em relação a reforma trabalhista de Michel Temer, e foi concretizada nesta terça-feira 11 pela manhã, em Genebra.

No evento, estão previstas figuras internacionais como Angela Merkel (primeira-ministra da Alemanha), Emmanuel Macron (presidente da França) e outros líderes mundiais. O governo Bolsonaro, no entanto, não mandou nem um ministro e encarregou o secretário do Trabalho. Bruno Dalcomo, de tentar sugerir mudanças nas regras do processo da lista. A informação é da coluna do jornalista Jamil Chade.

Sem acatar à decisão, o Brasil e outros países da América Latina teriam defendido uma “revisão dos métodos de trabalho” do órgão, que mesmo assim incluiu o País em uma lista de 24 nações que mais violam direitos trabalhistas. A lista inclui Honduras, Uruguai, Egito, Turquia, Mianmar, Iraque, Yemen, Etiópia, entre outros.

Não é a primeira vez que o Brasil entra na mira da OIT – e as motivações são as mesmas. Em 2018, a Organização também incluiu o País na lista, informando acompanhar as tramitações da reforma trabalhista, mas não houve denúncia póstuma.

Ainda segundo a coluna de Jamil Chade, o governo enviou nota avisando que não aceitaria interferência da OIT no que chamou de “assuntos domésticos brasileiros”. Com um greve geral marcada para a próxima sexta-feira 14 e uma crise institucional propulsionada pelo ministro da Justiça Sergio Moro, a notícia não pode ser boa para Bolsonaro.

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