Rajoy vence na Galícia e ganha fôlego para enfrentar crise e nacionalismo

Para cientista político, oposição, tanto nacionalista quanto socialista, errou ao tentar converter as eleições galegas em um referendo sobre as políticas do primeiro-ministro

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, em coletiva de imprensa em 19 de outubro em Bruxelas. Foto: ©AFP / John Thys

Apoie Siga-nos no

MADRI (AFP) – A esmagadora vitória de seu partido nas eleições regionais de domingo 21 em sua terra natal, Galícia, dá um balão de oxigênio ao chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, para enfrentar a crise ao mesmo tempo em que tenta conter o auge do independentismo.

“Rajoy sai claramente reforçado, evidentemente reforçado das eleições galegas”, afirma à AFP o cientista político Antón Losada, professor da Universidade de Santiago de Compostela.

“Foi ruim para a oposição, tanto nacionalista quanto socialista, a tentativa de converter as eleições galegas em um referendo sobre as políticas de Rajoy”, acrescenta.

A maioria absoluta do Partido Popular (PP) de Rajoy estava em jogo nas eleições antecipadas da Galícia (noroeste), onde até agora governava com 38 dos 75 deputados que formam o parlamento regional.

Aparentemente preocupado que as eleições fossem utilizadas como um plebiscito sobre as medidas de austeridade, o presidente galego e candidato à reeleição, Alberto Núñez Feijóo, se esforçou para se distanciar de Rajoy durante a campanha.

No entanto, o temor foi infundado e os conservadores saíram reforçados com 41 assentos, apesar dos cerca de 150 bilhões de euros de ajustes anunciados por Rajoy para 2012-2014, que incluem fortes cortes em setores como a saúde ou a educação.


Na Galícia, “a imensa maioria das pessoas está firmemente convencida de que o que o PP está fazendo é o que tem que fazer: que temos um Estado que não podemos permitir, que temos uma saúde que não podemos permitir, que temos uma função pública que não podemos permitir e o que é preciso fazer agora é cortar”, considera Losada.

Mais informações em AFP Movel.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.