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Rafael Correa deve ser reeleito presidente do Equador
Pesquisas apontam terceiro mandato consecutivo para o economista com mais 60% da intenção dos votos
QUITO (AFP) – Os equatorianos votam neste domingo 17 em um dia que promete uma vitória esmagadora do presidente Rafael Correa, que convocou os eleitores a comparecerem às urnas. Caso ele vença, terá o terceiro mandato consecutivo e ficará no poder até 2017.
“Vamos eleger nosso futuro, para que hoje seja uma festa nacional, democrática. Em nossas mãos está nosso destino”, disse Correa, depois de votar.
O presidente também pediu a proteção do processo, no qual serão eleitos presidente, vice-presidente e 137 congresisstas, “para que seja o mais inclusivo e transparente da história do país”.
As urnas foram abertas às 7h locais (9h de Brasília) e fecharão às 17h locais (19h de Brasília). Na localidade indígena de Cangahua (nordeste), o início da votação atrasou por problemas logísticos.
“Votei pelo presidente porque os demais só oferecem coisas agora e depois não cumprem”, disse à AFP Mariano Chicaiza, morador de Cangahua de 68 anos.
Correa, um economista de 49 anos com uma popularidade de cerca de 80%, deve ser reeleito no primeiro turno com a promessa de radicalizar suas políticas socialistas. Já foi reeleito em 2009 em eleições antecipadas, após a promulgação de uma nova Constituição impulsionada por ele.
As últimas pesquisas privadas divulgadas na noite de sábado 16 concedem ao atual presidente entre 64,1% e 68,1% das intenções de voto, bem à frente de seus sete oponentes.
A empresa Market coloca em segundo lugar o banqueiro Guillermo Lasso, com 16,4% de apoio. Já a pesquisa da companhia CMS prevê que o aspirante da direita acumularia 20,5% dos votos.
Para evitar o segundo turno, o governante precisa de pelo menos 50% dos votos válidos (sem incluir brancos ou nulos) ou 40% deles e uma diferença de ao menos 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado.
Segundo a Market, atrás de Lasso estão o ex-presidente Lucio Gutiérrez (7,3%), o esquerdista Alberto Acosta (4,5%), o magnata Álvaro Noboa (3,6%) – que já se candidatou ao cargo quatro vezes – e o direitista Mauricio Rodas (2,5%).
Com menos de um ponto percentual aparecem o pastor evangélico Nelson Zavala (0,9%) e o esquerdista Norman Wray (0,8%).
Na pesquisa da CMS, Acosta figura em terceiro (3,26%) e Gutiérrez em quarto (2,70%).
Legislativo
Os equatorianos também vão às urnas para eleger seus representantes no Congresso. Segundo o diretor da CMS, Santiago Cuesta, Correa deve obter com seu movimento Alianza País (AP) uma maioria absoluta com entre 60% e 65% dos 137 assentos.
Atualmente o AP tem o principal bloco, mas não chega a ser maioria, razão pela qual Correa colocou como objetivo chave consolidar sua força no Legislativo para avançar com projetos pendentes e com outros com os quais, segundo este crítico do neoliberalismo, tornará “irreversível” sua “revolução cidadã”.
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