Mundo

Quem são os quatro reféns israelenses resgatados neste sábado?

O Exército de Israel informou que os resgatados estão em boas condições de saúde

Quem são os quatro reféns israelenses resgatados neste sábado?
Quem são os quatro reféns israelenses resgatados neste sábado?
Da esquerda para a direita, Noa Argamani, Shlomi Ziv, Almog Meir Jan e Andrey Kozlov. Créditos: Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos
Apoie Siga-nos no

O Exército de Israel informou neste sábado 8 que libertou quatro reféns israelenses em uma “difícil” operação na Faixa de Gaza e anunciou que os resgatados estão em “boas condições” de saúde.

Noa Argamani, de 26 anos, Almog Meir Jan, 22, Andrey Kozlov, 27, e Shlomi Ziv, 41, foram sequestrados no dia 7 de outubro por milicianos do movimento islamista palestino Hamas, durante o festival de música eletrônica Nova, no sul de Israel.

Os quatro foram levados para Gaza após o ataque do Hamas, que desencadeou o conflito no território palestino.

Os reféns foram “resgatados” em dois pontos diferentes de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, anunciou o Exército após a operação, na qual um agente acabou morrendo.

Atualmente, do total de 251 pessoas sequestradas em 7 de outubro pelo Hamas, 116 seguem cativas em Gaza, incluindo 41 que estariam mortas, segundo o Exército israelense.

Estes são os perfis dos quatro reféns libertados neste sábado:

Noa Argamani

Argamani, estudante da Universidade Ben Gurion, foi sequestrada durante o festival Nova. Um vídeo da jovem gritando “Não me mate!” enquanto era colocada em uma motocicleta por combatentes do Hamas rodou o mundo.

Durante o cativeiro, foram publicadas nas redes sociais imagens que mostram a jovem bebendo água de uma garrafa.

Seu parceiro, Avinatan Or, um engenheiro de 30 anos, continua sequestrado.

Antes de ser libertada, a mãe de Argamani, que é sino-israelense e sofre de câncer terminal, publicou várias mensagens para expressar o seu desespero diante da possibilidade de morrer sem voltar a ver a filha.

Andrey Kozlov

Kozlov, um cidadão russo-israelense, foi sequestrado enquanto trabalhava como segurança no festival Nova. Após o início do ataque do Hamas, ele contactou seu pai e amigos e disse a eles que não havia onde se esconder.

Sua família foi informada semanas depois de que Kozlov estava entre os reféns sequestrados pelo Hamas.

Ele nasceu em São Petersburgo, na Rússia, emigrou recentemente para Israel e vivia em Rishon Lezion, ao sul de Tel Aviv.

Shlomi Ziv

Ziv, que completou 41 anos enquanto estava no cativeiro, também fazia parte da equipe de segurança do festival Nova, segundo a imprensa israelense.

Ziv conseguiu falar com uma de suas irmãs no dia do ataque, às 7h30, e disse que estava bem, que tentava fugir em um veículo, mas que havia um engarrafamento no local de saída da festa.

Pouco depois, em sua última ligação antes de ser sequestrado, ele conversou com outra de suas irmãs, que relatou que o homem estava quase sem fôlego e lhe disse: “já te ligo”.

Ziv, que havia se graduado como designer de interiores pouco antes do atentado, mora com a esposa na cidade de Elkosh, na fronteira com o Líbano e trabalhava habitualmente como distribuidor.

Ele havia sido contratado para ser segurança do festival junto com outros dois amigos, que morreram no ataque.

Almog Meir Jan

Meir Jan é originário de Or Yehuda, uma cidade a leste de Tel Aviv, e aproveitava a festa quando os milicianos do Hamas invadiram o sul de Israel.

Pouco antes das 8h, ele ligou para sua mãe, Orit Meir, e disse: “Mãe, há foguetes caindo por toda parte. Não sei o que está acontecendo. Amo você, mãe”.

Meir reconheceu seu filho em um vídeo divulgado pelo Hamas pouco depois do ataque.

“Estava deitado no chão. Estava apavorado”, descreveu a mulher, que disse à imprensa em novembro que sua vida havia se tornado um “pesadelo”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo