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Quem são os 2 brasileiros que perderam o visto americano em novo ataque de Trump

A justificativa da vez para a ofensiva do magnata é o programa Mais Médicos

Quem são os 2 brasileiros que perderam o visto americano em novo ataque de Trump
Quem são os 2 brasileiros que perderam o visto americano em novo ataque de Trump
Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman tiveram vistos dos EUA revogados. Créditos: Reprodução
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Pelo menos dois brasileiros viraram alvo da nova etapa da ofensiva de Donald Trump contra o País, nesta quarta-feira 13: Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman. O governo dos Estados Unidos decidiu revogar os vistos americanos da dupla, anunciou o secretário de Estado, Marco Rubio.

A justificativa é o programa Mais Médicos, do qual os dois participaram enquanto integravam o Ministério da Saúde.

“Ambos trabalharam no Ministério da Saúde durante o programa Mais Médicos e tiveram um papel no planejamento e na implementação do programa”, diz o Departamento de Estado. “Nossa ação envia uma mensagem inequívoca de que os Estados Unidos promovem a responsabilização dos que apoiam o esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano.”

Quem são os novos alvos de Trump

Mozart Julio Tabosa Sales é o atual secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde. Ele é conhecido por ser um “pai do Mais Médicos” e concebeu o programa com o ministro Alexandre Padilha (PT) no governo da presidenta Dilma Rousseff.

A proximidade com o atual ministro da Saúde também ocorreu no segundo mandato de Lula: Mozart foi chefe de gabinete e assessor-chefe da Secretaria de Relações Institucionais em 2009 e em 2010, quando o aliado chefiava a pasta.

Mozart é formado em Medicina e servidor do Hospital Universitário Oswaldo Cruz da Universidade de Pernambuco.

Alberto Kleiman é coordenador-geral para a COP30 da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), uma entidade da qual fazem parte os governos de países que têm floresta amazônica em seus territórios.

No Ministério da Saúde, foi diretor do Departamento de Relações Internacionais de abril de 2012 a janeiro de 2015, período em que o Mais Médicos foi concebido.

Também foi diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em Washington por sete anos, até fevereiro de 2022, e trabalhou no Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) por dois anos, até março do ano passado. Antes de assumir o cargo na OTCA, foi diretor de Relações Institucionais da Presidência da República.

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