Quem ganha e quem perde com o prolongamento da ‘Guerra Fria’ entre a Rússia e Ocidente?

A crise desenrola-se em diferentes esferas: política, econômica, tecnológica

Apoie Siga-nos no

As esperanças brevemente ampliadas de se evitar uma guerra “horrorosa” na Ucrânia novamente se dissipam depois que os Estados Unidos previram uma invasão nos “próximos vários dias” e autoridades britânicas disseram acreditar que o presidente russo, Vladimir Putin, tinha decidido atacar.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que a Rússia está “envolvida em uma operação de bandeira trocada para ter uma desculpa para invadir”, e que tem aumentado, e não reduzido, suas tropas. Essa análise foi repetida em outros países da Otan e da União Europeia, que preparam sanções punitivas. Os esforços diplomáticos para conter a escalada para a guerra ainda não foram esgotados. ­Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano, deverá reunir-se com seu colega russo, Sergei Lavrov, na Europa, supondo que não haja uma invasão. Eles vão discutir as exigências russas de uma retirada da Otan da Europa Oriental e restrições à mobilização de mísseis dos EUA. Lavrov também vai insistir que a Ucrânia tenha sua entrada na aliança militar ocidental permanentemente negada.

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

1 comentário

PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 2 de março de 2022 21h05
O fato é que a questão atual, no caso Rússia-Ucrânia-EUA- OTAN é, bem mais complexa. A diplomacia esgotou, e não se trata, pelo lado de Putin de “medir forças”, e sim, de neutralizar um avanço perigoso que a Ucrânia estava tomando. O império estadunidense estava por trás de tudo isso com a ajuda dos países europeus, membros da OTAN de um lado e Rússia e China e países satélites, de outro. Temos que ser contra guerras, elas não deveriam mais existir, nenhuma arma convencional, nenhuma ogiva nuclear, nenhum fuzil deveria estar nas mãos de nenhum particular, tampouco de governos. Mas que, também, os EUA abrisse mão de todo o seu arsenal bélico. Devemos entender, perfeitamente, as atitudes do presidente russo Vladimir Putin, ele não é nenhum teórico da estatura de um Lênin, mas foi ele que conseguiu amainar a sanha imperial dos EUA. Conseguiu evitar que o império americano atacasse Cuba, Irã, Venezuela, Síria, dissuadir Israel de atacar a Palestina ou Líbano. Putin está sendo uma espécie de mal necessário, até mesmo, na contenção do avanço do neoliberalismo no mundo. Hoje, Rússia junto com a China, estão sendo os fiéis da balança no avançar do neoliberalismo e do nazifascismo no mundo todo, e isso é o que nos importa.

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.