Quem é J.D. Vance, o ex-detrator que foi escolhido para ser vice de Trump

O ex-presidente e candidato do Partido Republicano às eleições dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira 15, que o senador por Ohio J.D. Vance será seu companheiro de chapa nas eleições presidenciais.

Vance é um antigo conhecido de Trump e já foi um dos seus mais ferrenhos críticos. Anos atrás, o agora senador chegou a dizer que o ex-presidente poderia ser o “Hitler da América”.

Ele, porém, começou a se aproximar do líder republicano quando decidiu se candidatar ao Senado. Desde então, se tornou um dos maiores defensores e apoiadores de Trump.

Vance ganhou fama ao publicar o livro Hillbilly Elegy: A Memoir of a Family and Culture in Crisis, um livro de memórias em que trata sobre a classe trabalhadora branca dos EUA.

Em 2022, derrotou o candidato democrata Tim Ryan nas eleições gerais e assumiu o cargo de senador em janeiro de 2023, sendo a primeira pessoa de Ohio eleita para o cargo sem experiência política desde John Glenn em 1974.

Ele, que tem 39 anos, serviu no Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e chegou a ser enviado para missão no Iraque. É formado em Ciência Política e Filosofia pela Universidade Estadual de Ohio e Direito pela Universidade Yale.

A escolha de Vance como vice da chapa já era esperada. O senador é visto como uma figura midiática e essencial para defender o ex-presidente em entrevistas e debates.

Um dos exemplos são suas declarações após a tentativa de assassinato do candidato republicano. Vance disse que a “retórica” da campanha de reeleição do presidente Joe Biden “levou diretamente” ao que ele chamou de uma tentativa de assassinato do candidato republicano.

“Hoje não é apenas um incidente isolado”, escreveu Vance na rede social X. “A premissa central da campanha de Biden é que o presidente Donald Trump é um fascista autoritário que deve ser parado a qualquer custo. Essa retórica levou diretamente à tentativa de assassinato do Presidente Trump.”

Entre suas posições, Vance é contra o aborto e defende que a legislação sobre o tema deve ser decidida pelos estados individualmente, apesar de já ter indicado que apoiaria uma proibição nacional de até 15 semanas e que o cenário de estupro não deve ser considerado pois “dois erros não fazem um acerto”.

Ele é contra a Lei de Defesa do Matrimônio, que permite a união homoafetiva, e diz acreditar que casamento é entre homem e mulher.

Internacionalmente, Vance defende tarifas no comércio com a China e é contra a ajuda financeira dos Estados Unidos para a Ucrânia na guerra contra a Rússia, enquanto apoia ajuda a Israel na Guerra Israel-Hamas.