Mundo
Putin reforça lista de condições para interromper operação contra a Ucrânia
‘Nós realmente estamos terminando a desmilitarização da Ucrânia’, afirma o Kremlin; nova rodada de negociações acontece em Belarus


O porta-voz do governo da Rússia, Dmitry Peskov, insistiu nesta segunda-feira 7 em uma lista de exigências para interromper a operação militar deflagrada contra a Ucrânia.
Peskov reforçou, em entrevista à agência Reuters, que o governo de Vladimir Putin exige da Ucrânia o fim de ações militares; que mude sua Constituição a fim de garantir que não se juntará à União Europeia ou à aliança militar do Ocidente, a Otan; que reconheça a Crimeia como território russo; e que reconheça as repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk como estados independentes.
Na entrevista, o porta-voz do Kremlin ainda afirmou que o governo ucraniano está ciente das condições. “Eles foram informados de que tudo isso pode ser interrompido em um momento.”
“Nós realmente estamos terminando a desmilitarização da Ucrânia. Nós vamos terminar isso. Mas o principal é que a Ucrânia cesse sua ação militar. Eles deveriam parar com sua ação militar e, então, ninguém atirará”, completou Peskov.
Enquanto isso, as delegações de Rússia e Ucrânia se reúnem nesta segunda 7 para a terceira rodada de negociações, na fronteira entre Belarus e Polônia. As conversas recomeçaram por volta das 11h, horário de Brasília. A primeira etapa do diálogo ocorreu em 28 de fevereiro e a segunda, em 2 de março, ambas em Belarus.
Nesta segunda, o Exército russo anunciou a suspensão dos ataques em algumas regiões, “com fins humanitários”, e a abertura de corredores para retirar os civis de Kiev, Kharkiv, Mariupol e Sumy. Metade dos corredores, porém, segue em direção a Rússia e Belarus, e o governo ucraniano rejeitou a proposta.
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