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‘Putin prometeu me nomear coronel’, diz presidente bielorrusso

Lukashenko, cujo governo é defendido pelo Kremlin apesar da violenta repressão de Minsk a um amplo movimento de protesto desde 2020, costuma fazer declarações extravagantes

UNIÃO EUROPEIA NÃO RECONHECE ALEXANDRE LUKASHENKO COMO PRESIDENTE DE BELARUS. FOTO: ANDREI STASEVICH/AFP
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O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, contou que Vladimir Putin prometeu-lhe o posto de coronel do Exército russo, enquanto o presidente deste país aliado seria um general.

“Putin é coronel e prometeu me nomear coronel. Ainda não fez isso”, disse ele em uma entrevista a Vladimir Solovyov, um jornalista porta-voz do Kremlin.

“Ele prometeu, que faça isso”, lançou ao apresentador, segundo um vídeo transmitido no domingo (6), em uma conta do Telegram vinculada à Presidência bielorrussa.

Rindo alto, o jornalista tenta questionar a veracidade das declarações de Lukashenko, que insiste na ideia, lembrando que Putin prometeu a ele nomeá-lo coronel do “Exército russo”, ou do “Exército soviético”. Em seguida, volta a afirmar que o presidente russo, ex-coronel da KGB, “seria nomeado general”.

Quando o jornalista comentou que é difícil que o presidente de um Estado independente seja oficial do Exército de outro país, Lukashenko respondeu: “Isso é problema meu, não seu”.

No comando de Belarus desde 1994, o bielorrusso tem uma relação turbulenta com Moscou. Desde o outono de 2020, apresenta-se como o último escudo da Rússia contra o Ocidente e até prometeu apoiá-lo em sua campanha militar contra a Ucrânia.

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