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Putin defende agente americano e nega extradição para os EUA

Acusado pelo governo dos EUA de revelar monitoramento na internet, Edward Snowden está no aeroporto Sheremetyevo, em Moscou

Snowden solicitou asilo político ao governo do Equador
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu o americano Edward Snowden, ex-integrante da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (cuja sigla em inglês é NSA), que é acusado pelo governo dos EUA de revelar o monitoramento de comunicações na internet e em chamadas telefônicas. Putin reiterou que a Rússia não vai extraditar Snowden para os Estados Unidos.

“Ele [Snowden] é um homem livre e quanto antes decidir para onde quer ir, melhor”, disse Putin. O presidente acrescentou que Snowden está em trânsito para o aeroporto Sheremetyevo, em Moscou, e que a Rússia “não tem tratado de extradição com os Estados Unidos”.

No domingo 23, o governo do Equador recebeu o pedido de Snowden para asilo político no país. Ele havia deixado Hong Kong em direção à Rússia. Uma das ideias é que ele chegue ao Equador por intermédio de Cuba e da Venezuela. O ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, confirmou a concessão de asilo ao americano.

Patiño disse que o asilo foi concedido porque Snowden corre “perigo de perseguição” nos Estados Unidos. “O homem que tentou dar transparência aos fatos que afetam a todos é perseguido por aqueles que deviam dar explicações aos governos e aos cidadãos”, disse o chanceler.

O americano denunciou que a NSA e a Polícia Federal americana (FBI) tinham acesso aos registos telefônicos. Segundo ele, também havia acesso aos servidores da internet, como a Microsoft, o Yahoo, Google e Facebook. O programa secreto, com o nome de código PRISM, está ativo desde 2007 e permite à NSA ligar-se aos servidores das empresas para consultar informações sobre os utilizadores.

O caso foi denunciado por Snowden, que trabalhava em uma empresa privada subcontratada pela NSA. O antigo consultor chegou no domingo 23 a Moscou proveniente de Hong Kong, onde estava refugiado desde 20 de maio.

*Publicado originalmente na Agência Brasil

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