Putin defende a prisão de vozes críticas durante ‘conflito armado’ com a Ucrânia

'Acredito que devemos ter uma certa atitude em relação às pessoas que nos prejudicam dentro do país', afirmou o presidente russo

O presidente russo, Vladimir Putin, reivindicou a anexação das regiões de Kherson, Zaporizhzhia, Luhansk e Donestk em setembro do ano passado. Foto: Gavriil GRIGOROV / SPUTNIK / AFP

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu no sábado 30 a repressão às vozes críticas no país, por considerá-la necessária no contexto “do conflito armado” com a Ucrânia.

“Estamos em 2023 e a Federação Russa está mergulhada em um conflito armado com um país vizinho. E acredito que devemos ter uma certa atitude em relação às pessoas que nos prejudicam dentro do país”, disse Putin em entrevista coletiva a jornalistas locais. “Devemos ter em mente que, para ter sucesso, inclusive em uma zona de conflito, temos todos de seguir algumas regras.”

Putin respondia a um repórter do jornal russo Kommersant, que havia lhe pedido para comentar as prisões recentes de um cientista político e de uma diretora de teatro. O presidente russo afirmou que ouvia o nome deles pela primeira vez e que não estava a par “do que eles fizeram ou do que fizeram com eles”, explicando que dava sua “opinião geral sobre o problema”.

Desde o começo da guerra na Ucrânia e da aprovação de leis que proíbem a crítica, vários veículos russos viram-se obrigados a suspender suas atividades ou a deixar o país, e muitos opositores se exilaram ou foram presos.

Milhares de pessoas anônimas, ativistas e intelectuais receberam multas e duras penas de prisão.

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