Em um decreto publicado nesta segunda-feira 26, o presidente Vladimir Putin concedeu a nacionalidade russa a Edward Snowden, ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, refugiado na Rússia desde 2013 após deixar os Estados Unidos.
A extradição de Snowden é reivindicada pelos Estados Unidos devido ao vazamento de dezenas de milhares de documentos que comprovam a amplitude da vigilância eletrônica praticada por Washington.
O vazamento provocou fortes tensões entre os norte-americanos e seus aliados. A decisão das autoridades russas de conceder a Snowden uma permissão de residência causou grande indignação em Washington.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou à agência RIA Novosti que foi o próprio Snowden quem solicitou a nacionalidade russa.
O advogado russo do ex-consultor de inteligência Anatoli Kucherena afirmou que Snowden não será afetado pela ordem de mobilização para a ofensiva na Ucrânia, decretada por Putin na semana passada.
“Ele não serviu no Exército russo e, portanto, segundo a nossa legislação atual, não entra nessa categoria de cidadãos que estão sendo convocados”, declarou à agência RIA Novosti.
Segundo Peskov, a companheira de Snowden, Lindsay Mills, também solicitou nacionalidade russa e sua filha já a possui, porque nasceu na Rússia.
Edward Snowden, privado de seu passaporte americano a pedido das autoridades de Washington, chegou a Moscou em 2013 procedente de Hong Kong, com a ideia de encontrar refúgio na América Latina. No final, acabou bloqueado na Rússia, onde recebeu asilo.
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