O presidente da Rússia, Vladimir Putin, chamou nesta sexta-feira 25 as autoridades ucranianas de uma ‘gangue de viciados em drogas e neonazistas’.
No segundo dia de conflitos, o presidente fez um pronunciamento em que instou o exército russo a ‘tomar o poder em Kiev’, capital da Ucrânia, além de dizer que combate ‘terroristas’ e ‘neonazistas’ no país vizinho.
“Tomem o poder em suas mãos. Acho que vai ser mais fácil negociar entre vocês e eu”, disse Putin ao exército ucraniano em um discurso na televisão russa.
Putin declarou ainda que não combate unidades do exército e sim formações nacionalistas que se comportam “como terroristas” usando civis “como escudos humanos”.
Mais cedo, o Ministério da Defesa ucraniano informou que as forças da Rússia entraram no distrito de Obolon, a cerca de 10 quilômetros da Praça da Independência de Kiev, nas primeiras horas da manhã.
O ataque à capital começou com helicópteros, pouco antes das 4h pelo horário local (23h da quinta 24 em Brasília). Sirenes de ataque aéreo soaram sobre a cidade de três milhões de pessoas. Diante desse cenário, o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, anunciou que a capital “entrou em um nova fase, a de posicionamento defensivo, pronta para resistir também com o apoio de muitos cidadãos”.
Outras cidades da Ucrânia, no entanto, também foram atacadas. Grandes explosões foram registradas em Kharkiv, a segunda maior do país. Em Lviv, sirenes de ataque aéreo soaram. Também há relatos de intensos combates em Sumy.
Nesta sexta, a Rússia afirmou que suas forças assumiram “com sucesso” o aeroporto militar de Hostomel, próximo a Kiev. Disse também que “não houve perdas” entre soldados russos e que “mais de 200 nacionalistas das forças especiais da Ucrânia foram mortos” durante a ação que levou à tomada de controle do aeroporto.
(Com informações da AFP)
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