Mundo
Putin afirma que ofensiva ‘séria’ na Ucrânia ainda não começou
Na entrevista, o russo disse que seu país ainda está aberto para negociar com a Ucrânia


O presidente russo Vladimir Putin alertou nesta quinta-feira (7) que a ofensiva militar da Rússia na Ucrânia ainda não começou “a sério” e desafiou as potências ocidentais que apoiam Kiev a tentar derrotar a Rússia “no campo de batalha”.
Em um de seus discursos mais fortes desde o envio de tropas para a Ucrânia em 24 de fevereiro, Putin também se manifestou contra o “liberalismo totalitário” que, segundo ele, os países ocidentais querem impor ao mundo.
“Todos devem saber que ainda não começamos seriamente” a operação militar, disse Putin em uma reunião televisionada com legisladores.
“Ao mesmo tempo, não nos recusamos a realizar negociações de paz, mas aqueles que se recusam devem saber que será mais difícil para eles chegarem a um acordo conosco” mais tarde, acrescentou.
“Atualmente ouvimos que [os ocidentais] querem nos derrotar em um campo de batalha”, disse ele, desafiadoramente. “O que dizer a eles? Deixe-os tentar!”, declarou, acusando “todo o Ocidente” de ter desencadeado uma “guerra” na Ucrânia.
Segundo Putin, a intervenção da Rússia naquele país marca o início de uma virada para um “mundo multipolar”.
“Esse processo não pode ser interrompido”, disse ele.
O presidente insistiu que a maioria dos países não quer seguir o modelo ocidental de “liberalismo totalitário” ou políticas “hipócritas de padrões duplos”.
“Na maioria dos países, as pessoas não querem essa vida ou esse futuro”, enfatizou. As pessoas “estão cansadas de se ajoelhar, humilhando-se para aqueles que se consideram excepcionais”, disse.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.