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Protestos diminuem na França e governo anuncia medidas para atenuar prejuízos de lojistas

Desde o início dos protestos, 3.625 pessoas foram detidas provisoriamente, sendo 1.124 menores

O presidente francês Emmanuel Macron fala com policiais, gendarmes franceses, funcionários penitenciários, autoridades locais e trabalhadores durante uma visita ao canteiro de obras do prédio da prisão Baumettes. Foto: Ludovic MARIN / POOL / AFP
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Os violentos protestos na França, causados pela morte de um jovem em uma blitz policial, diminuíram pela terceira noite consecutiva, com 16 detenções em todo o país, de acordo com o Ministério do Interior francês. O governo também anunciou medidas para paliar os prejuízos de lojistas.

Em Paris e arredores, sete pessoas foram detidas. Ao todo, foram registrados na noite de terça (4) para quarta-feira (5) 202 incêndios em vias públicas, sobretudo de latas de lixo, 159 veículos queimados e quatro ataques a delegacias de polícia.

Aproximadamente 45 mil policiais e “gendarmes” (equivalentes a policiais militares) foram mobilizados na noite de terça-feira (4), segundo o Ministério do Interior.

As autoridades informaram que, desde o início dos protestos, 3.625 pessoas foram detidas provisoriamente, sendo 1.124 menores. Até agora, 990 detidos já foram apresentadas à Justiça e 380 presos.

A região parisiense foi a que mais atingida pelos protestos violentos com mais de 100 prédios públicos vandalizados e 400 comércios “queimados e saqueados”, de acordo com o governo.

A violência começou a diminuir na noite de domingo (2). O presidente francês Emmanuel Macron disse na terça-feira que preferia ser “prudente” sobre a perspectiva de um retorno da calma ao país, mas que acreditava que o “pico” dos protestos tinha passado. Ele anunciou uma “lei de emergência” para a reconstrução das cidades mais atingidas por ações de vandalismo.

Medidas econômicas

O governo francês também decidiu nesta quarta-feira (5) prolongar as liquidações de verão por uma semana, até 1° de agosto, e autorizou as lojas a abrirem no domingo. A medida visa ajudar os lojistas cuja atividade foi interrompida ou prejudicada pelos protestos. Normalmente, apenas comércios de alimentos estão autorizados a abrir no domingo na França, até às 13 horas.

A violência urbana começou em Nanterre, a noroeste de Paris, em 27 de junho, horas depois da morte de Nahel, de 17 anos, morto por um policial durante uma blitz, e se propagou a diversas cidades da França.

Lojas foram saqueadas, comércios e prédios públicos incendiados e confrontos com a polícia se multiplicaram em todo o país, culminando em um ataque ao domicílio do prefeito de L’Haÿ-les-Roses, na região de Val-de-Marne, a sudeste de Paris.

De acordo com o ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, na terça-feira, “mais de 1.000 comércios foram vandalizados (…) ou incendiados”.

O Ministério da Economia informou que entre “as quase 200 lojas de alimentação atingidas, 30 foram queimadas”. Algumas dezenas de lojas de roupas também foram saqueadas. Segundo Le Maire, grande parte dos supermercados e lojas visados “já reabriram” ou “reabrirão neste fim de semana”.

(Com informações da AFP)

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