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Protestos contra o adiamento das eleições no Senegal registram 3 mortes

A embaixada dos Estados Unidos no país convocou ‘todas as partes a agirem de forma pacífica e comedida’

Protestos contra o adiamento das eleições no Senegal registram 3 mortes
Protestos contra o adiamento das eleições no Senegal registram 3 mortes
Protesto em Dakar, no Senegal, em 9 de fevereiro de 2024. Foto: Guy Peterson/AFP
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Um jovem morreu depois de ser ferido no sábado 10 em confrontos durante uma manifestação no Senegal, elevando para três o número de mortos desde o início da crise devido ao adiamento das eleições presidenciais, informaram fontes médicas neste domingo 11.

O jovem, identificado como Landing Camara, de 16 anos, “recebeu um projétil na cabeça e morreu ontem à noite devido aos ferimentos na unidade de terapia intensiva”, disse à agência AFP o chefe de um hospital em Ziguinchor, reduto do líder opositor preso Ousmane Sonko, no sul do país.

“Houve vários feridos graves durante as manifestações e um morreu. Ele foi baleado na cabeça”, afirmou Abdou Sané, coordenador local do partido de oposição Pastef.

O adolescente é a terceira pessoa a morrer desde o início dos protestos. Dois jovens, de 22 e 23 anos, morreram na sexta-feira 9 em manifestações em Dakar e Saint Louis, no norte do país.

Em uma mensagem publicada nas redes sociais, a embaixada dos Estados Unidos no Senegal convocou “todas as partes a agirem de forma pacífica e comedida”. “Continuamos pedindo ao presidente Sall que restabeleça o calendário eleitoral, restaure a confiança e acalme a situação”, acrescentou.

O Senegal está imerso em uma grave crise política desde que o presidente, Macky Sall, anunciou na semana passada o adiamento das eleições para designar o seu sucessor, inicialmente marcadas para 25 de fevereiro.

Sall justificou a medida devido à disputa entre a Assembleia Nacional e o Conselho Constitucional pela impugnação de alguns candidatos.

Os deputados investigam dois juízes do Conselho, cuja integridade no processo eleitoral foi colocada em causa.

O Parlamento senegalês aprovou na segunda-feira um adiamento para 15 de dezembro, com os votos do bloco presidencial e dos apoiadores de um candidato impugnado.

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