Mundo

Projeto de lei de suicídio assistido na França dá o 1º passo após votos de deputados

305 deputados chancelaram a proposta, que conta com o apoio do presidente Emmanuel Macron

Projeto de lei de suicídio assistido na França dá o 1º passo após votos de deputados
Projeto de lei de suicídio assistido na França dá o 1º passo após votos de deputados
Projeto de lei de suicídio assistido na França dá primeiro passo após votos de deputados. Foto: Stephane De Sakutin/AFP
Apoie Siga-nos no

A Câmara Baixa da França aprovou, nesta terça-feira 27, a primeira versão de um projeto de lei voltado a regular a ajuda para morrer, o primeiro passo de um longo processo para permitir o suicídio assistido sob condições restritas.

Um total de 305 deputados aprovou a proposta legislativa, que conta com o apoio do presidente Emmanuel Macron. Alguns grupos conservadores rejeitam o projeto, bem como os 199 deputados que votaram contra.

“Respeitando as sensibilidades, as dúvidas e as esperanças, abre-se pouco a pouco o caminho de fraternidade que eu almejava”, escreveu Macron no X.

O presidente francês tem insistido que toda autorização para escolher morrer deve ser limitada para pessoas com doenças incuráveis e dores físicas ou psicológicas intensas.

A votação na Assembleia Nacional constituiu uma etapa inicial para o projeto de lei, que deverá passar várias vezes pela Câmara Baixa e pelo Senado para modificações.

Macron também afirmou que pode submeter o tema controverso a um referendo.

Se a lei for aprovada, a França se juntará a um pequeno grupo de países europeus que contam com legislação sobre o direito à morte assistida, entre eles Alemanha, Espanha, Áustria e Suíça.

Todos os grupos parlamentares permitiram que seus membros votassem de acordo com suas convicções pessoais, independentemente das limitações partidárias.

Esperava-se que os partidos de esquerda e de centro votassem a favor do projeto, ao contrário dos conservadores e dos deputados de extrema-direita, que geralmente se opõem à proposta.

O governo francês evita falar de eutanásia ou suicídio assistido, utilizando expressões como “ajuda para morrer” para se referir à lei.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo