Mundo

Príncipe britânico Andrew, envolvido em escândalos, renuncia ao seu título real

Um dos escândalos que rondam o príncipe é o relacionado à sua amizade com o criminoso sexual americano Jeffrey Epstein

Príncipe britânico Andrew, envolvido em escândalos, renuncia ao seu título real
Príncipe britânico Andrew, envolvido em escândalos, renuncia ao seu título real
O príncipe britânico Andrew. Créditos: Daniel LEAL / AFP
Apoie Siga-nos no

O príncipe Andrew, do Reino Unido, renunciou nesta sexta-feira 17 ao seu título real, após se ver cada vez mais envolvido em escândalos, principalmente o relacionado à sua amizade com o criminoso sexual americano Jeffrey Epstein.

“Após conversar com o rei [Charles III, seu irmão] e com minha família, concluímos que as acusações constantes contra mim prejudicam o trabalho de Sua Majestade e da Família Real”, disse o príncipe em um comunicado.

“Decidi, como sempre fiz, priorizar meu dever com a minha família e o meu país”, acrescentou.

Assim, Andrew, de 65 anos, perdeu imediatamente o título de duque de York, salpicado por sua proximidade com Epstein, o financista americano encontrado morto na prisão em 2019 antes de ser julgado por crimes sexuais.

O terceiro filho da rainha, falecida em 2022, já tinha sido obrigado a se retirar da vida pública após uma escandalosa entrevista à televisão em 2019, na qual não demonstrou nem arrependimento pela amizade com Epstein, nem empatia com as vítimas dele.

As revelações sobre sua proximidade com o financista seguem vindo à tona, especialmente com a próxima publicação de um livro póstumo de uma de suas supostas vítimas, que teve alguns trechos divulgados pela imprensa.

No livro, intitulado “Nobody’s Girl: A Memoir of Surviving Abuse and Fighting for Justice” (Garota de ninguém: memórias de sobrevivência do abuso e de luta por justiça), a americana Virginia Giuffre relata os encontros que dizia ter tido com o príncipe quando tinha apenas 17 anos.

Ela escreveu que Andrew se comportava como se fazer sexo com ela fosse um “direito inato” e relatou ter sido apresentada ao príncipe em março de 2001, quando estava em Londres na residência de Ghislaine Maxwell, companheira e cúmplice de Epstein.

Giuffre, que se suicidou em abril passado aos 41 anos, tinha iniciado ações legais contra Andrew em 2021.

O príncipe sempre negou as acusações de agressão sexual e evitou um julgamento em Nova York mediante o pagamento de vários milhões de dólares.

Desde novembro de 2019, ele não desempenha nenhum papel público e perdeu seus títulos militares e patronatos reais em 2022.

No entanto, ele manterá o título de príncipe por ser filho de Elizabeth II.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo