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Primeiro-ministro palestino renuncia ao cargo

Mohammad Shtayyeh era integrante da Autoridade Nacional Palestina, grupo que exerce governança limitada sobre a Cisjordânia ocupada

Primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, renuncia ao cargo Foto por Zain JAAFAR / AFP
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O primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, anunciou, nesta segunda-feira 26, sua renúncia ao cargo. Ele faz parte da Autoridade Nacional Palestina, partido formado há 30 anos, que exerce governança limitada sobre a Cisjordânia ocupada.

O grupo, que também exercia poder sobre a Faixa de Gaza, perdeu o controle da região, agora alvo de Israel, para o Hamas, em 2007.

Segundo sua carta de demissão, Shtayyeh justifica a sua saída do cargo “à luz dos fatos relacionados com a agressão contra a Faixa de Gaza e a escalada [da violência] na Cisjordânia e Jerusalém”.

Desde o início da guerra no Oriente Médio, deflagrada após um ataque do Hamas em 7 de outubro, o presidente do Estado Palestino, Mahmud Abbas, tem sido criticado por sua “impotência” diante dos bombardeios israelenses na Faixa e do aumento da violência na Cisjordânia ocupada.

“[O novo momento] exigirá acordos governamentais e políticos que levem em conta a realidade emergente na Faixa de Gaza, bem como a necessidade urgente de um consenso inter-palestino”, afirmou Shtayyeh.

Além disso, “é necessária a extensão da Autoridade Nacional Palestina (ANP) sobre todo o território”, concluiu.

A renúncia de Shtayyeh ainda deverá ser aceita por Abbas, que poderá pedir-lhe que permaneça como interino até que um substituto seja nomeado.

A demissão acontece um dia depois que um acordo de cessar-fogo mais amplo entrou em negociação. Uma das exigências apresentadas por Israel para interromper a ofensiva seria que a Autoridade Nacional Palestina deixasse de controlar Gaza.

Durante o período do conflito, o maior partido político palestino, Fatah, e o grupo terrorista Hamas tem feito esforços para chegar a um acordo sobre um governo de unidade.

Representantes dos dois grupos devem se encontrar na Rússia, nesta quarta-feira 28, parra debater o assunto.

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