Primavera iraniana

Determinadas a desafiar a polícia moral e o cerco online, mulheres recorrem até a bilhetes em papel para organizar protestos contra o governo

Revolta. Os atos desencadeados pela morte de Mahsa Amini se converteram em ampla campanha antigovernamental - Imagem: Getty Images/AFP

Apoie Siga-nos no

As mensagens, impressas em pedaços de papel, foram jogadas nas portas das casas, no Irã, durante a noite por manifestantes decididos que uma repressão online não impediria seu movimento. “A República Islâmica está caindo. Junte-se ao povo”, dizia uma nota distribuída na cidade de Rasht, ao norte do país. No sul, em Ahvaz, os organizadores deram um endereço e um horário para o protesto, com um apelo mais amplo à ação. “Se você não puder vir, espalhe a mensagem para outras pessoas”, pedia aos leitores.

Horas depois, um vídeo de Ahvaz mostrou mulheres dançando na rua, com os cabelos descobertos e agitando os lenços no ar, enquanto uma multidão nas calçadas aplaudia. Duas semanas após uma onda de protestos contra o governo em todo o país, as autoridades de Teerã parecem cada vez mais assustadas com a escala e a determinação da revolta popular contra seu governo, e cada vez mais implacáveis em suas tentativas de esmagá-la.

Leia essa matéria gratuitamente

Tenha acesso a conteúdos exclusivos, faça parte da newsletter gratuita de CartaCapital, salve suas matérias e artigos favoritos para ler quando quiser e leia esta matéria na integra. Cadastre-se!

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.