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Presidentes de Argentina, Bolívia, Colômbia e México saem em defesa de Cristina Kirchner

‘Expressamos nosso mais absoluto repúdio à injustificável perseguição judicial’, declararam os mandatários após pedido de prisão da peronista

Presidentes de Argentina, Bolívia, Colômbia e México saem em defesa de Cristina Kirchner
Presidentes de Argentina, Bolívia, Colômbia e México saem em defesa de Cristina Kirchner
A vice-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner. Foto: JUAN MABROMATA/AFP
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Os presidentes Alberto Fernández (Argentina), Luis Arce (Bolívia), Gustavo Petro (Colômbia) e Andrés Manuel López Obrador (México) manifestaram apoio, nesta quarta-feira 24, à vice-presidenta argentina, Cristina Kirchner, alvo de um pedido de 12 anos de prisão apresentado pelo Ministério Público.

“Expressamos nosso mais absoluto repúdio à injustificável perseguição judicial que a atual vice-presidente Cristina Kirchner vem sofrendo”, disseram os presidentes, que acusaram uma tentativa de retirá-la da “vida pública, política e eleitoral”. O comunicado conjunto foi lido pela porta-voz da Presidência argentina, Gabriela Cerruti.

Kirchner e outras 12 pessoas são acusadas dos crimes de associação ilícita e administração fraudulenta em um caso sobre suposta corrupção na licitação de obras públicas entre 2007 e 2015.

Em meio à crescente polarização política, o pedido de prisão e inabilitação apresentado na segunda 22 pelo Ministério Público multiplicou as críticas ao órgão por partidários da líder peronista.

Cristina Kirchner foi absolvida em vários casos por supostos crimes ocorridos quando era presidenta, mas ainda enfrenta cinco processos.

Na terça 23, ela qualificou o pedido de prisão como uma perseguição judicial para afastá-la da política.

“Nada, absolutamente nada do que disseram (os promotores) foi provado”, afirmou em um discurso de mais de duas horas transmitido pelas rede sociais. “Não é um julgamento contra mim, é um julgamento contra o peronismo, os governos nacionais e populares.”

A vice-presidenta ainda declarou que os 12 anos do pedido de prisão simbolizam os “12 anos do melhor governo que a Argentina teve nas últimas décadas”.

“Por isso pedem 12 anos. Por isso, vão me estigmatizar e condenar. Se eu nascesse 20 vezes, faria o mesmo 20 vezes.”

(Com informações da AFP)

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