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Presidente libanês não descarta que míssil tenha provocado explosão em Beirute

É a primeira vez que uma autoridade libanesa menciona uma pista externa para a explosão

Presidente libanês não descarta que míssil tenha provocado explosão em Beirute
Presidente libanês não descarta que míssil tenha provocado explosão em Beirute
Causa de explosão no Líbano está sob investigação. Foto: Janine HAIDAR/AFP
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O presidente libanês Michel Aoun disse nesta sexta-feira 7 que a terrível explosão no porto de Beirute, que deixou mais de 150 mortos, foi causada “por negligência” ou “intervenção externa”, citando a hipótese de “um míssil”.

“É possível que tenha sido causado por negligência ou por uma ação externa, com um míssil ou bomba”, declarou o chefe de Estado, durante entrevista a jornalistas, três dias após a catástrofe.

Esta é a primeira vez que uma autoridade libanesa menciona uma pista externa para a explosão. O governo afirmou nos últimos dias que a tragédia foi provocada por um incêndio em um enorme depósito de nitrato de amônio.

O chefe de Estado, de 85 anos, disse ter solicitado na quinta-feira ao presidente francês, Emmanuel Macron, a quem recebeu no palácio presidencial, o “fornecimento de imagens áreas para que possamos determinar se havia aviões no espaço [aéreo] ou mísseis” no momento da explosão de terça-feira.

“Caso os franceses não tenham estas imagens, vamos pedir a outros países”, completou Aoun, duramente criticado pela população, que critica a incompetência das autoridades e a corrupção.

O presidente do Líbano rejeitou qualquer tipo de investigação internacional sobre a explosão por considerar que “diluiria a verdade”.

Michel Aoun também afirmou que é necessário revisar um regime político “paralisado”.

“Enfrentamos uma revisão de nosso sistema baseado no consenso porque está paralisado e não permite tomar decisões que possam ser aplicadas rapidamente: devem ser obtidas por consenso e passar por várias autoridades”, disse.

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