Mundo
Presidente interino da Síria prevê ‘entre 4 e 5 anos’ para organização de eleições
Sharaa prometeu ‘uma lei que regule os partidos políticos’
O presidente interino da Síria, Ahmed al Sharaa, disse nesta segunda-feira 3, em entrevista de TV pré-gravada, que a organização de eleições no país levará “entre quatro e cinco anos”, devido ao trabalho necessário para prepará-las.
Sharaa prometeu “uma lei que regule os partidos políticos” e disse que a Síria poderia ser “uma república, com um parlamento e um governo executivo”.
O presidente interino também mencionou “os instrumentos tecnológicos de que o Estado necessita” para realizar censos e “ter estatísticas confiáveis e claras”, em um país onde o conflito já deixou mais de meio milhão de mortos e deslocou e forçou milhões de pessoas a se exilarem.
“Já me disseram muitas vezes: ‘Organize eleições e votaremos em você’. Para mim, isso não é importante, e sim que o processo seja feito corretamente”, comentou Sharaa, um ex-combatente jihadista e chefe do grupo islamita radical sunita Hayat Tahrir al Sham (HTS), considerado terrorista pelos países ocidentais.
Foi Sharaa que liderou a coalizão de grupos islamitas rebeldes que derrubou Bashar al Assad em dezembro e tomou o controle de uma ampla parte do terrritório sírio. Apoiado por Turquia, Arábia Saudita e Catar, ele foi nomeado presidente interino por um período indeterminado, após uma reunião de sua coalizão de grupos armados.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.


