O presidente de Comores, Azali Assoumani, de 65 anos, foi declarado nesta terça-feira 16 o vencedor das eleições após o primeiro turno, realizado no domingo 14. A oposição, porém, denunciou fraude no pleito do arquipélago.
Assoumani, que chegou ao poder pela primeira vez em 1999 por meio de um golpe de Estado, obteve 62,97% dos votos, segundo a Comissão Eleitoral, e garantiu um terceiro mandato consecutivo, que termina em 2029. A taxa de participação foi de apenas 16,30% dos 340.000 eleitores convocados às urnas.
Os observadores da União Africana disseram que a votação ocorreu “em paz e tranquilidade”. A oposição, por sua vez, denunciou no domingo que houve “fraude eleitoral” e “introdução de cédulas pré-preenchidas nas urnas”.
Após seu primeiro mandato, o coronel voltou ao poder ao vencer as eleições em 2016 e, desde então, governa o arquipélago com um estilo autoritário.
Em seus discursos de campanha, destacou a construção de rodovias e hospitais durante o seu mandato, mas sua gestão também é alvo de críticas.
No arquipélago, 45% da população vive abaixo da linha da pobreza e a vida cotidiana está marcada por cortes de água e eletricidade, assim como pelo aumento dos preços dos alimentos.
Em 2019, Azali, que prendeu e forçou muitos de seus adversários ao exílio, foi reeleito com 60% dos votos no primeiro turno, mas os resultados foram contestados.
Os resultados precisam ser validados pela Suprema Corte, a mais alta instância judicial do país, composto pelas ilhas Grande Comore, Anjouan e Mohéli.
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