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Presidente da Colômbia pede que TPI emita uma ordem de prisão contra Netanyahu

Gustavo Petro é um dos principais críticos do primeiro-ministro de Israel pelos ataques contra Gaza 

Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou qualquer "trégua temporária". Foto: Abir Sultan / POOL / AFP
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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, sugeriu nesta sexta-feira 10 que o Tribunal Penal Internacional emita um mandado de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pela ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

“Netanyahu não deterá o genocídio. O que implica um mandado de prisão internacional do Tribunal Penal”, escreveu o chefe de Estado colombiano na rede social X, em reação à operação aérea iniciada pelo Exército israelense nos últimos dias contra a cidade palestina de Rafah (sul), refúgio de milhares de deslocados.

Petro é um dos principais críticos de Netanyahu. 

Em 1º de maio, o mandatário colombiano rompeu relações diplomáticas com Israel, seguindo os passos da Bolívia e de Belize. Além disso, interrompeu a compra de armas fabricadas no país.

O presidente de esquerda, defensor da causa palestina desde jovem, descreve frequentemente Netanyahu como “genocida” pela forma como dirige o conflito que eclodiu em 7 de outubro de 2023, quando milicianos do grupo islamista palestino Hamas mataram 1.170 pessoas em Israel, de acordo com uma contagem da AFP baseada em estatísticas oficiais.

A resposta militar de Israel causou mais de 34 mil mortes em Gaza, a maioria delas de civis, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas.

Na semana passada, autoridades israelenses disseram ao jornal americano The New York Times que esperam mandados de prisão do TPI contra membros do governo, incluindo provavelmente Netanyahu.

O primeiro-ministro israelense considerou que o objetivo de quaisquer possíveis mandados de prisão “seria ameaçar os líderes e soldados de Israel, essencialmente para paralisar a capacidade” do país de “se defender”.

Segundo o New York Times, o TPI também pretende culpabilizar líderes do Hamas, embora ainda não tenha sido oficializado nenhum mandado de prisão contra dirigentes do movimento islamista.

O Hamas celebrou uma “vitória” quando a Colômbia rompeu relações com Israel, enquanto o ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, acusou Petro de “apoiar” os “assassinos e violadores” do grupo.

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