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Presidente da Câmara dos EUA pede abertura de processo de impeachment de Biden

‘Política extrema das piores’, afirmou porta-voz da Casa Branca

O presidente da Câmara dos EUA, Kevin McCarthy. Foto: Andrew Caballero-Reynolds/AFP
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O presidente da Câmara de Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, cedeu à pressão da ala mais conservadora do Partido Republicano nesta terça-feira 12 e deu sinal verde para uma investigação de impeachment do presidente Joe Biden.

“Estou instruindo nosso comitê da Câmara a abrir um inquérito formal de impeachment”, declarou. McCarthy alegou que o presidente teria mentido para o povo americano sobre os negócios estrangeiros de seu filho Hunter.

Ian Sams, porta-voz da Casa Branca, afirmou nesta terça que os republicanos não encontraram qualquer evidência de irregularidade. Ele classificou a decisão de McCarthy como “política extrema das piores”.

Os republicanos, no controle da Câmara por uma estreita maioria, acusam Biden de lucrar em seus tempos de vice-presidente, de 2009 a 2017, com os empreendimentos comerciais de Hunter. Os adversários do chefe da Casa Branca, no entanto, não apresentaram comprovação.

Hunter Biden virou o alvo preferido da direita americana. Ele é acusado de ter realizado acordos questionáveis na Ucrânia e na China enquanto Biden era vice de Barack Obama, aproveitando os contatos e o nome de seu pai.

A Constituição dos Estados Unidos prevê que o Congresso pode destituir o presidente em caso de “traição, suborno e outros crimes e delitos graves”.

Para os democratas, os esforços da direita pelo impeachment não passam de cortina de fumaça para ocultar as investigações contra Donald Trump, acusado criminalmente quatro vezes em menos de seis meses.

Até hoje, nenhum presidente foi destituído em um julgamento político na história dos Estados Unidos. Três foram acusados, mas absolvidos: Andrew Johnson, em 1868; Bill Clinton, em 1998; e Trump, em 2019 e 2021.

Richard Nixon preferiu renunciar, em 1974, para evitar uma destituição certa por parte do Congresso devido ao escândalo Watergate.

(Com informações da AFP)

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