Mundo

Presidente da Armênia renuncia e cita ‘tempos difíceis’

Sarkisian esteva no centro de uma crise política interna que eclodiu no ano passado após uma guerra entre a Armênia e o Azerbaijão

Foto: AFP / Russian Foreign Ministry
Apoie Siga-nos no

O presidente armênio, Armen Sarkissian, cujo papel é protocolar, anunciou sua renúncia neste domingo (23), alegando que seu gabinete se mostrou incapaz de influenciar a política do país durante a atual crise.

“Tenho pensado nisso há muito tempo e decidi renunciar após quatro anos de serviço ativo como presidente”, disse Sarkissian em comunicado, acrescentando que “o presidente não tem as ferramentas necessárias para influenciar processos importantes de política externa e interna em tempos difíceis para o povo e para o país”.

Sarkisian esteva no centro de uma crise política interna que eclodiu no ano passado após uma guerra entre a Armênia e o Azerbaijão pelo controle da disputada região de Nagorno-Karabakh.

Seu papel é principalmente protocolar e o poder executivo depende principalmente do primeiro-ministro Nikol Pashinyan.

Ambos discordaram da decisão de demitir o chefe do Estado-Maior do Exército após a guerra e em meio a protestos que levaram milhares de pessoas às ruas do país.

“Espero que as mudanças constitucionais possam ser implementadas e que o próximo presidente e a administração presidencial possam operar em um ambiente mais equilibrado”, acrescentou o comunicado.

Sarkisian nasceu em 1953 em Yerevan, a capital. Ele serviu como primeiro-ministro de 1996 a 1997 antes de ser eleito presidente em março de 2018.

Desde o desmantelamento da União Soviética, a economia armênia passa por dificuldades. O dinheiro enviado pela comunidade armênia ao exterior contribuiu para a construção de escolas, igrejas e outros projetos de infraestrutura, inclusive em Nagorno-Karabakh.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.