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Cristina Kirchner fala aos veteranos da Guerra das Malvinas

Nos 30 anos do conflito, que deixou Brasil temeroso sobre ação da União Soviética na Argentina, presidente do país inaugura ‘chama eterna’ em região que considera ilhas parte de seu território

©AFP/arquivo / Daniel Garcia
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A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, encabeçará na segunda-feira 2 em Usuhaia, cidade no extremo sul do mundo, o ato central pelo aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas.

Kirchner fará seu discurso ao meio-dia para veteranos do confronto com a Grã-Bretanha em meio à tensão diplomática pela soberania das ilhas. A mandatária também inaugurará na Praça ‘Malvinas Argentinas’ uma chama eterna e um monumento em memória aos 649 argentinos mortos na guerra, que ainda vitimou 255 britânicos.

Ushuaia, a 3,2 mil quilômetros ao sul de Buenos Aire, é capital da província da Terra do Fogo, cuja Constituição considera como parte de sua jurisdição as Ilhas Malvinas, ocupadas pela Grã-Bretanha desde 1833.

A guerra com os britânicos,  iniciada pelo governo argentino em 2 de abril de 1982, durou 74 dias e ganhou apoio esmagador da América Latina.

À época, o regime ditatorial brasileiro (1964-1985) ficou em alerta por temer que a Argentina recorresse à União Soviética, segundo documentos secretos divulgados no domingo 1 pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Dados confidenciais do Arquivo Nacional revelam que os militares brasileiros estavam preocupados com a ajuda que os soviéticos poderiam prestar aos argentinos a fim de aumentar sua influência na região.

A potência socialista tinha se comprometido a entregar à Argentina urânio enriquecido para seu programa nuclear, apesar de não informar o grau de enriquecimento, por meio de aliados como Líbia, Cuba e Angola.

Atualmente, países do Mercosul, como Brasil, Uruguai e Chile, impedem a entrada de navios com bandeiras das Malvinas em seus respectivos portos, enquanto o Peru cancelou uma visita de uma fragata britânica em solidariedade com a Argentina.

Outras manifestações serão realizadas na segunda-feira em várias províncias da Argentina com a participação de veteranos, enquanto que em Buenos Aires grupos de esquerda expressaram sua oposição ao “colonialismo imperialista” britânico durante uma marcha até a embaixada do país europeu.

Enquanto isso, um grupo de intelectuais que se opõem ao governo de Kirchner, entre eles Beatriz Sarlo e o escritor Marcos Aguinis, questionaram a comemoração oficial, lembrando “a tragédia dolorosa causada em 1982 por uma ditadura inescrupulosa exaltada hoje por um nacionalismo retrógrado”.

Na véspera do aniversário, a Argentina vive uma onda de recordações do conflito com exposições fotográficas, conferências, eventos, artigos de imprensa, publicações novas e reedições de livros que abordam diferentes ângulos do conflito e seus derivados.

Em seu primeiro pronunciamento sobre o 30º aniversário da guerra, a Igreja Católica disse que a “guerra só traz morte e desolação” e ressaltou, através de sua Comissão Nacional de Justiça e Paz, que “a alternativa nunca mais deve ser a de violência”.

O governo argentino canaliza todas as suas reivindicações de soberania sobre as ilhas por via diplomática e a sua principal exigência é que a Grã-Bretanha cumpra as resoluções da ONU que exortam a ambos os lados o início de um diálogo.

Com informações AFP.

Leia mais em AFP Movel.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, encabeçará na segunda-feira 2 em Usuhaia, cidade no extremo sul do mundo, o ato central pelo aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas.

Kirchner fará seu discurso ao meio-dia para veteranos do confronto com a Grã-Bretanha em meio à tensão diplomática pela soberania das ilhas. A mandatária também inaugurará na Praça ‘Malvinas Argentinas’ uma chama eterna e um monumento em memória aos 649 argentinos mortos na guerra, que ainda vitimou 255 britânicos.

Ushuaia, a 3,2 mil quilômetros ao sul de Buenos Aire, é capital da província da Terra do Fogo, cuja Constituição considera como parte de sua jurisdição as Ilhas Malvinas, ocupadas pela Grã-Bretanha desde 1833.

A guerra com os britânicos,  iniciada pelo governo argentino em 2 de abril de 1982, durou 74 dias e ganhou apoio esmagador da América Latina.

À época, o regime ditatorial brasileiro (1964-1985) ficou em alerta por temer que a Argentina recorresse à União Soviética, segundo documentos secretos divulgados no domingo 1 pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Dados confidenciais do Arquivo Nacional revelam que os militares brasileiros estavam preocupados com a ajuda que os soviéticos poderiam prestar aos argentinos a fim de aumentar sua influência na região.

A potência socialista tinha se comprometido a entregar à Argentina urânio enriquecido para seu programa nuclear, apesar de não informar o grau de enriquecimento, por meio de aliados como Líbia, Cuba e Angola.

Atualmente, países do Mercosul, como Brasil, Uruguai e Chile, impedem a entrada de navios com bandeiras das Malvinas em seus respectivos portos, enquanto o Peru cancelou uma visita de uma fragata britânica em solidariedade com a Argentina.

Outras manifestações serão realizadas na segunda-feira em várias províncias da Argentina com a participação de veteranos, enquanto que em Buenos Aires grupos de esquerda expressaram sua oposição ao “colonialismo imperialista” britânico durante uma marcha até a embaixada do país europeu.

Enquanto isso, um grupo de intelectuais que se opõem ao governo de Kirchner, entre eles Beatriz Sarlo e o escritor Marcos Aguinis, questionaram a comemoração oficial, lembrando “a tragédia dolorosa causada em 1982 por uma ditadura inescrupulosa exaltada hoje por um nacionalismo retrógrado”.

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