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Premiê tailandês dissolve Parlamento em meio a confrontos com Camboja

A medida acontece antes do previsto e abre caminho para a realização de eleições gerais

Premiê tailandês dissolve Parlamento em meio a confrontos com Camboja
Premiê tailandês dissolve Parlamento em meio a confrontos com Camboja
Anutin Charnvirakul dissolveu o Parlamento da Tailândia apenas três meses após assumir como primeiro-ministro. Foto: Lillian SUWANRUMPHA / AFP
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O primeiro-ministro da Tailândia, Anutin Charnvirakul, dissolveu o Parlamento nesta sexta-feira 12 após três meses no cargo e em meio a confrontos fronteiriços com Camboja, que deixaram cerca de 20 mortos e mais de meio milhão de deslocados.

A medida acontece antes do previsto e abre caminho para a realização de eleições gerais.

“A Câmara dos Representantes está sendo dissolvida para a realização de novas eleições gerais para escolher seus membros”, afirma o decreto publicado no Diário Oficial.

Anutin, do partido conservador Bhumjaithai, tornou-se primeiro-ministro em setembro, depois que seu antecessor foi destituído do cargo pela Justiça devido a uma violação ética, e prometeu dissolver o Parlamento. No entanto, esperava-se que ele tomasse essa decisão apenas depois do Natal.

Segundo o Diário Oficial, que citou um relatório de Anutin, a medida foi tomada devido aos “múltiplos desafios” enfrentados pelo “governo minoritário”, que é incapaz de administrar os assuntos de Estado “de forma eficiente e estável”.

De acordo com a lei tailandesa, as eleições devem ser realizadas entre 45 e 60 dias após a dissolução do Parlamento, o que significa que poderiam ocorrer no final de janeiro ou início de fevereiro de 2026.

A dissolução ocorre em meio a confrontos decorrentes de uma disputa territorial de décadas sobre templos antigos, que voltaram a eclodir na fronteira entre a Tailândia e o Camboja.

Em um comunicado, o Ministério da Defesa do Camboja afirmou que o Exército tailandês continuou bombardeando e disparando metralhadoras contra seu território na manhã desta sexta-feira.

Jornalistas da AFP ouviram disparos de artilharia na área da fronteira nesta sexta-feira, antes de um telefonema agendado entre Anutin e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem buscado abertamente mediar a paz entre os dois vizinhos do sudeste asiático.

“Acho que terei que fazer alguns telefonemas sobre a Tailândia, mas vamos colocar isso de volta nos trilhos”, disse o empresário republicano na quinta-feira.

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