Mundo
Premiê de Portugal apresenta um novo governo em contexto de incertezas
A lista inclui políticos experientes em cargos importantes como nas Finanças, na Economia e nas Relações Exteriores
O novo primeiro-ministro português, Luis Montenegro, apresentou, nesta quinta-feira 28, os 17 membros de seu governo, depois que sua coalizão de centro-direita conseguiu se impor em um Parlamento muito dividido.
O advogado, de 51 anos, foi encarregado de formar um governo após vencer as eleições legislativas de 10 de março por uma margem apertada.
No pleito, a Aliança Democrática (AD), de centro-direita, foi a mais votada, seguida do Partido Socialista e, em seguida, do partido Chega, de extrema-direita.
Os resultados não permitiram ao partido de Montenegro formar maioria absoluta de pelo menos 116 legisladores e o dirigente descartou formar alianças com o apoio da extrema-direita.
Nesta quinta, o premiê enviou sua lista de 17 ministros ao presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, e deixou o palácio presidencial sem dar declarações.
A lista inclui políticos experientes em cargos importantes como os ministério das Finanças, da Economia e das Relações Exteriores, segundo um comunicado divulgado pelo gabinete presidencial.
O eurodeputado Paulo Rangel será o novo chefe da diplomacia portuguesa e Joaquim Miranda Sarmento, ex-presidente do grupo parlamentar do partido de Montenegro, assumirá a pasta das Finanças.
Pedro Reis, que dirigiu a agência para a promoção de exportações e investimentos estrangeiros, chefiará o Ministério da Economia.
O governo minoritário de Montenegro, que inclui sete mulheres, assumirá o poder na próxima terça-feira 2, pondo fim a oito anos de governo socialista.
Durante vários dias, o Parlamento, muito dividido, foi incapaz de eleger um presidente. Por fim, conseguiu-se um acordo na quarta-feira para repartir a presidência entre os dois principais partidos.
Na frente econômica e financeira, no entanto, o novo governo se beneficiará de um clima econômico mais positivo.
O país herda um superávit orçamentário de 1,2% do PIB, o segundo superávit anual desde que Portugal recuperou a democracia em 1974.
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