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Prefeito morre após ataque a tiros no oeste do México

País enfrenta uma forte de onda de violência

Prefeito morre após ataque a tiros no oeste do México
Prefeito morre após ataque a tiros no oeste do México
Salvador Bastida, prefeito de Tacámbaro, no oeste do México, foi assassinado a tiros. Foto: Divulgação/Gobierno Municipal de Tacámbaro
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Um prefeito morreu nesta sexta-feira 6 no estado mexicano de Michoacán (oeste) enquanto recebia atendimento médico em um hospital após ter sido baleado, informaram as autoridades.

O ataque ocorreu durante a madrugada, quando Salvador Bastida, prefeito de Tacámbaro, chegava em casa e “foi atacado com disparos de arma de fogo”, informou a Promotoria de Michoacán.

Bastida ficou ferido quando viajava em uma caminhonete acompanhado por um policial que “realizada funções de escolta” e foi atingido por tiros, acrescentou a instituição.

O prefeito, de 54 anos, foi levado a um hospital da região onde faleceu.

O governo de Michoacán condenou o homicídio e anunciou uma operação em coordenação com as forças federais para encontrar os responsáveis.

Bastida assumiu o cargo em 1º de setembro de 2024, após ter vencido as eleições pelo partido governista Morena e seus aliados do Partido Verde e o Partido do Trabalho.

Em novembro do ano passado, a Procuradoria-Geral da República investigou o político, acusado de ter se encontrado com membros de um grupo criminoso, acusações que ele negou.

Michoacán, uma região à beira do Pacífico, é sede de constantes disputas entre grupos criminosos, incluindo o poderoso cartel Jalisco Nueva Generación e La Nueva Familia Michoacana, ambos classificados como “organizações terroristas” pelo governo dos Estados Unidos em fevereiro.

Na semana passada, seis militares mexicanos morreram nesta região quando uma mina terrestre explodiu ao passarem por um veículo blindado no qual estavam viajando. Dez ex-militares colombianos em posse de explosivos foram presos dias depois naquele distrito.

A espiral de violência desencadeada após o lançamento de uma polêmica operação militar antidrogas em 2006 triplicou sua taxa de homicídios para 24 por 100 mil habitantes, com cerca de 30 mil casos por ano e um total acumulado de mais de 120 mil pessoas desaparecidas.

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