Povo venezuelano não merece sanções, diz presidente argentino Alberto Fernández

'Não sou eu quem deve dizer aos venezuelanos o que eles devem fazer, nem eu, nem Trump, nem ninguém', disse Fernández

(Foto: STEPHANE DE SAKUTIN / AFP)

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O presidente argentino Alberto Fernández reiterou nesta quinta-feira 16 a rejeição de seu governo às sanções contra a Venezuela e pediu a convivência democrática no país, e o respeito pelos direitos “em qualquer lugar do mundo”.

Ele mencionou a declaração argentina apresentada em Genebra ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, após um relatório sobre a situação na Venezuela.

“A Argentina ratificou sua decisão de preservar os direitos humanos em qualquer esfera e governo e expressou preocupação com o bloqueio, porque é uma punição que o povo venezuelano não merece”, disse Fernández à Rádio AM 750.

Na terça-feira, a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, estimou que a independência do sistema de justiça venezuelano foi prejudicada, contribuindo para a impunidade e a persistência de violações dos direitos humanos.

O presidente argentino de centro-esquerda afirmou que a declaração da Argentina “diz o que sempre dissemos: preservar os direitos humanos em qualquer lugar do mundo, ser contra o bloqueio sofrido pela Venezuela e pedir aos venezuelanos que encontrem uma saída para a convivência democrática sem interferência de terceiros”.


“Nem eu, nem Trump”

“Não sou eu quem deve dizer aos venezuelanos o que eles devem fazer, nem eu, nem Trump (presidente dos Estados Unidos), nem ninguém”, afirmou.

Ao contrário do governo anterior do liberal Mauricio Macri e de cinquenta países das Américas e da Europa, Fernández não reconhece o líder parlamentar Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.

O presidente argentino lembrou que, embora veja “com preocupação coisas que acontecem não apenas na Venezuela, mas também no Equador e na Bolívia, isso não significa que apoiamos a ideia de que se deve intervir na Venezuela para fazer uma democracia na medida de outros.”

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