Por que líder da esquerda na França virou alvo de adversários sobre o conflito Israel x Hamas

Mélenchon denunciou a 'violência desencadeada contra Israel e Gaza' e expressou compaixão por 'todas as populações desamparadas'

Foto: Nouvelle Union Populaire 2022

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Um dos líderes da esquerda na França, Jean-Luc Mélenchon, recebeu críticas por sua manifestação sobre o ataque do Hamas contra Israel.

Ele denunciou a “violência desencadeada contra Israel e Gaza”, expressou compaixão por “todas as populações desamparadas” e defendeu um cessar-fogo.

Mélenchon, fundador do partido França Insubmissa, tornou-se alvo de adversários por supostamente expressar uma condenação insuficiente à ofensiva do Hamas e adotar uma posição ambígua.

O partido de Mélenchon não participou, na segunda-feira 9, de uma marcha convocada em Paris pelo Conselho Representativo de Instituições Judaicas da França, país que possui a maior comunidade judaica da Europa.

“Ao obrigar todos a se alinharem com a posição do governo de extrema-direita israelense, ao aceitar se manifestar com a Agrupamento Nacional [partido de extrema-direita francês], o Crif isolou e impediu a solidariedade dos franceses com a vontade de paz”, afirmou. Segundo ele, “os mortos de todos os lados merecem algo melhor e nossa total compaixão”.

Logo em seguida, o presidente do Crif, Yonathan Arfi, disse que Mélenchon é “um inimigo da República” e escolheu “legitimar o terrorismo ao comparar Israel e o Hamas”.


“Quando se comete um erro político, é melhor reconhecê-lo do que desacreditar os outros”, disse à Public Sénat o líder dos socialistas, Olivier Faure. Ele, no entanto, rejeitou endossar as palavras da primeira-ministra Élisabeth Borne, que acusou o França Insubmissa de antissemitismo “escondido”.

“Não mudaremos nem uma vírgula de nossa posição, que é a dos defensores da paz”, declarou nesta terça-feira 10 Mathilde Panot, líder parlamentar do partido.

(Com informações da AFP)

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