Mundo
Polônia restringe tráfego aéreo no leste do país após incursão de drones russos
O governo do país europeu também informou que solicitará uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para tratar da invasão ao seu espaço aéreo


A Polônia anunciou nesta quinta-feira 11 que vai restringir o tráfego aéreo na região leste do país, um dia após denunciar que derrubou drones russos que entraram em seu território.
O tráfego aéreo ao longo da fronteira da Polônia com Belarus e a Ucrânia permanecerá fechado para voos civis, com algumas exceções, até 9 de dezembro, informou em um comunicado a Agência de Controle de Tráfego Aéreo (PAZP) do país, membro da UE e da Otan.
Desde o início da invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022, vários drones e mísseis lançados por Moscou entraram no espaço aéreo de países membros da Otan. Mas esta foi a primeira vez que uma nação da Aliança Transatlântica derrubou os dispositivos.
O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, informou na quarta-feira que foram detectadas 19 violações da jurisdição do país durante a madrugada, uma incursão que não deixou feridos, apenas danos em uma residência e um carro no leste do país.
O Ministério das Relações Exteriores da Polônia informou nesta quinta-feira que solicitará uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.
“A pedido da Polônia, uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU será convocada para abordar a violação do espaço aéreo polonês por parte da Rússia”, afirma um comunicado da diplomacia.
A Polônia é um apoio crucial para a Ucrânia desde o início da invasão russa e várias potências ocidentais condenaram a presença dos drones.
O Conselho do Atlântico Norte, principal órgão de decisão política da Otan, modificou na quarta-feira o formato de sua reunião semanal para debater o incidente, a pedido da Polônia.
Varsóvia pediu à Otan que ative o artigo 4 do tratado fundador da Aliança, que estabelece que os países membros se consultarão quando, a critério de qualquer um deles, “a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer uma das partes for ameaçada”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.