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Polônia pede comitê de investigação internacional sobre “genocídio” na Ucrânia

As imagens de dezenas de cadáveres em valas comuns ou nas ruas de várias localidades próximas a Kiev provocaram indignação da comunidade internacional; a Rússia nega e alega que vídeos foram manipulados

Corpos alocados em vala comum na cidade de Bucha, na Ucrânia. Foto: Sergei SUPINSKY / AFP
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O primeiro-ministro da Polônia pediu nesta segunda-feira a criação de uma comissão de investigação internacional sobre o “genocídio” cometido, em suas palavras, pelo exército russo em cidades ucranianas, incluindo Bucha.

“Estes massacres sangrentos cometidos pelos russos, soldados russos, merecem ser chamados por seu nome. É um genocídio e deve ser julgado”, declarou Mateusz Morawiecki.

“É por isto que propomos a criação de uma comissão internacional para investigar o crime de genocídio”, acrescentou.

Esta comissão é “indispensável se quisermos conhecer a verdade sobre a dimensão dos crimes fascistas russos”, insistiu o primeiro-ministro polonês.

Morawiecki também pediu novas sanções ocidentais contra a Rússia e comparou o presidente russo, Vladimir Putin, a ditadores sanguinários do passado.

“São necessárias sanções claras e firmes. Estas sanções não funcionam”, disse Morawiecki, em um discurso especialmente voltado para o presidente francês Emmanuel Macron.

“Senhor presidente Macron, quantas vezes você negociou com Putin? O que você obteve: Não se debate, não se negocia com criminosos, os criminosos têm que ser combatidos”, afirmou.

“Ninguém negociou com Hitler. Você negociaria com Hitler, Stalin, com Pol Pot?”, questionou.

As imagens de dezenas de cadáveres em valas comuns ou nas ruas de várias localidades próximas a Kiev, que foram retomadas pelas forças ucranianas, provocaram indignação da comunidade internacional.

Rússia rejeita “categoricamente” acusações sobre crimes em Bucha

A Rússia rejeita “categoricamente” todas as acusações vinculadas à descoberta de um grande número de cadáveres de civis em Bucha, perto de Kiev, afirmou nesta segunda-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

“Rejeitamos categoricamente todas as acusações”, declarou à imprensa, antes de afirmar que funcionários do ministério russo da Defesa encontraram sinais de “falsificações nos vídeos” e de “fakes” nas imagens apresentadas pelas autoridades ucranianas como provas de um massacre atribuído à Rússia.

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