Mundo

Policiais envolvidos na morte de jovem negro são culpados por manipular testemunhas nos EUA

A sentença final será conhecida em janeiro de 2025; os agentes podem pegar até 20 anos de prisão

Policiais envolvidos na morte de jovem negro são culpados por manipular testemunhas nos EUA
Policiais envolvidos na morte de jovem negro são culpados por manipular testemunhas nos EUA
Um memorial para Tyre Nichols, jovem negro assassinado brutalmente por policiais de Memphis após uma abordagem de trânsito. Foto: Joseph Prezioso / AFP
Apoie Siga-nos no

Três policiais acusados de espancar o jovem negro Tyre Nichols, que acabou morrendo em 2023, foram considerados culpados por um tribunal federal por manipulação de testemunhas, mas foram absolvidos das acusações mais graves.

A violenta prisão de Nichols, de 29 anos, em Memphis (sul dos Estados Unidos), em janeiro do ano passado, gerou uma onda de indignação em todo o país.

Um vídeo divulgado na época mostrava cinco policiais espancando incansavelmente o homem, que morreu três dias depois no hospital.

Os agentes iniciaram o procedimento por uma suposta infração de trânsito.

Os cinco policiais foram denunciados pelo estado do Tennessee e depois pelo governo federal por um grande júri, que os indiciou por quatro acusações em setembro de 2023. Dois se declararam culpados.

Os demais decidiram ir a julgamento e foram declarados culpados na quinta-feira por manipulação de testemunhas. Um deles também foi considerado culpado de violação dos direitos civis da vítima em razão de sua função.

No entanto, todos foram absolvidos de outras acusações mais graves, incluindo a violação dos direitos civis de Nichols, que teriam causado sua morte.

A sentença final será conhecida em janeiro de 2025. Eles podem pegar até 20 anos de prisão.

“Tyre deveria estar vivo hoje e, embora nada possa trazê-lo de volta, as declarações de culpa de hoje indicam um grau de responsabilidade por sua morte trágica e sem sentido”, disse sua família em comunicado.

Os cinco homens ainda devem enfrentar um julgamento por assassinato em segundo grau na Justiça do Tennessee.

Este caso fez com que as autoridades temessem um surto social comparável ao que se seguiu à morte de George Floyd, outro homem negro, por um policial branco em 2020.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo