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Polícia indiana procura mais quatro suspeitos de estupro de turista brasileira

Três homens já estão presos preventivamente

Polícia indiana procura mais quatro suspeitos de estupro de turista brasileira
Polícia indiana procura mais quatro suspeitos de estupro de turista brasileira
A prisão dos três primeiros suspeitos de participação no estupro de uma turista brasileira na Índia. Foto: AFP
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Três indianos compareceram a um tribunal pela acusação de estupro coletivo de uma turista espanhola de origem brasileira que viajava por uma região remota da Índia com o marido, informou a imprensa local nesta segunda-feira, enquanto a polícia procura outros quatro suspeitos.

O ataque ocorreu na noite de sexta-feira no distrito de Dumka, no estado Jharkhand (leste da Índia), onde o casal, que viajava de moto, parou para acampar.

Sete homens teriam atacado a mulher.

“Formamos uma equipe para descobrir o paradeiro dos suspeitos”, declarou à AFP o policial Pitamber Singh Kherwar.

Três homens foram escoltados ao tribunal no domingo, com as cabeças cobertas, por policiais. Os três permanecem em prisão preventiva.

A turista e o marido também compareceram ao tribunal.

“Temos que garantir uma punição rigorosa”, disse Kherwar, segundo a agência de notícias Press Trust of India (PTI).

Kherwar anunciou que uma equipe especial foi criada para examinar a cena do crime e que uma segunda equipe está procurando os demais suspeitos.

“Em breve eles serão detidos”, prometeu.

Em 2022, a Índia teve média de 90 estupros diários, de acordo com o escritório nacional de registros criminais. 

No entanto, muitos ataques não são denunciados, devido ao estigma que muitas vezes as vítimas sofrem e também devido à falta de confiança no trabalho da polícia.

As condenações raramente são emitidas e muitos casos acabam estagnados no saturado sistema judicial do país.

Mas, em 2012, o caso de uma estudante que foi vítima de um estupro coletivo e depois assassinada ganhou as manchetes em todo o mundo.

Jyoti Singh, uma estudante de Psicoterapia de 23 anos, foi estuprada e abandonada, dada como morta, por cinco homens e um adolescente em um ônibus em Nova Délhi, em dezembro daquele ano.

O caso trouxe à tona os elevados níveis de violência sexual na Índia e provocou semanas de protestos, que resultaram na mudança da legislação para punir o crime de estupro com a pena de morte.

(Com AFP)

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