Polícia impede atentado contra Álvaro Uribe em Buenos Aires

Bomba com ativação por celular foi encontrada em teatro onde ex-presidente da Colômbia fará discurso

Grupos de esquerda convocaram para quarta-feira uma manifestação contra a presença de Uribe em Buenos Aires. Foto: Ernesto Benavides/AFP

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BUENOS AIRES (AFP) – Uma bomba encontrada e desativada na terça-feira 22 em um teatro no centro de Buenos Aires tinha como alvo o ex-presidente da Colômbia Alvaro Uribe (2002-2010), que fará um discurso no local na quarta-feira 23, informou o juiz do caso, Norberto Oyarbide.

“O pessoal de segurança e manutenção do teatro detectou (a bomba) no segundo andar, em um setor no qual Uribe, depois de uma conferência, oferecerá um coquetel a muitas personalidades”, disse o juiz aos jornalistas na porta do Treatro Gran Rex, onde o artefato foi encontrado.

Oyarbide advertiu que a bomba, que estava preparada para ser ativada com um telefone celular, era “simples, mas suficiente para matar pessoas que estivessem perto”.

O juiz declarou que de qualquer forma Uribe, 59 anos, fará o discurso como previsto no simpósio WOM Leadership Symposium 2012, onde falará da “Transformação da Colômbia”.

“Com este acontecimento pretendiam não somente prejudicar figuras pontuais que estivessem no local. O dano para a Argentina seria muito grande”, aponta o juiz.

Após receber o alerta, a Polícia Federal realizou uma forte operação com dois caminhões da Brigada Antiexplosivos e interrompeu o tráfego na tradicional Avenida Corrientes, onde se localiza o teatro Gran Rex, um dos maiores de Buenos Aires, a cem metros do Obelisco.


Depois de mais de uma hora de inspeção, o trânsito foi liberado, mas cerca de trinta policiais permaneciam em frente às portas do teatro formando um cordão para impedir a entrada na sala.

Grupos de esquerda convocaram para quarta-feira uma manifestação contra a presença de Uribe em Buenos Aires.

Durante seus dois mandatos, o ex-presidente colombiano, o maior aliado dos Estados Unidos na América Latina, travou um combate frontal contra a guerrilha das Farc, enquanto enfrentou duras críticas por violações aos direitos humanos atribuídas ao Exército.

O Teatro Gran Rex abrigou recitais de conhecidos cantores como os espanhóis Joaquín Sabina e Joan Manuel Serrat, o americano Bob Dylan, os argentinos Charly García e Mercedes Sosa, o uruguaio Jorge Drexler e dezenas de artistas locais e estrangeiros.

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