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Polícia faz batidas contra negacionistas antivacina em várias cidades da Itália

As ações aconteceram em 16 cidades, incluindo Trieste, Milão e Roma; extremistas se organizam em grupo no Telegram

Foto: AFP
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Ao mesmo tempo em que quase 84% dos italianos com mais de 12 anos receberam duas doses da vacina contra a Covid-19, a polícia italiana realizou batidas nas casas de extremistas antivacina e oponentes ao passaporte de saúde exigido na União Europeia.

Ativistas antivacina extremistas são acusados ​​de usar um grupo ativo no aplicativo de mensagens Telegram com o objetivo de provocar ataques a funcionários, cientistas e jornalistas que apoiam o passaporte de saúde. O documento se tornou obrigatório na União Europeia para muitas atividades e em todos os centros de trabalho a partir de meados de outubro.

As batidas policiais aconteceram em 16 cidades, incluindo Torino, onde começou a investigação judicial, mas também em Trieste, Milão e Roma, e tiveram como alvo vários participantes do grupo de mensagens do Telegram Chega de Dittatura! (Chega de ditadura!, em português).

“Vamos enforcá-los!”

O grupo de negacionistas, seguido por dezenas de milhares de pessoas que se opõem ao passaporte de saúde, é caracterizado pelo incitamento permanente ao ódio e ao crime. É o que demonstram as mensagens dirigidas a políticos, virologistas e jornalistas: “vamos enforcá-los”, “vamos dar-lhes um tiro nas pernas”, “vamos desfigurá-los”.

A polícia apreendeu muitas facas e uma lata de ácido nas casas dos extremistas antivacina. Mas o governo italiano não tem intenção de desistir das iniciativas contra os negacionistas. Pelo contrário, ele planeja reduzir a validade do passaporte de saúde de 12 para 9 meses para aqueles que receberam duas doses da vacina Covid-19. E de fornecer passaportes por apenas 24 horas, em vez das 48h atuais, para quem apresentar teste antigênico negativo contra a Covid-19.

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