Polícia argentina prende militante de extrema-direita que apoiou o atentado contra Cristina

No vídeo que despertou a atenção das autoridades, José Derman lamenta o fato de Fernando Montiel ter falhado ao tentar disparar na líder peronista

José Derman, detido por apoiar o atentado contra Cristina Kirchner. Foto: Reprodução

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Policiais prenderam um militante de extrema-direita na Argentina que apoiou na internet o atentado contra a vice-presidenta Cristina Kircher, em 1º de setembro.

Segundo o jornal La Nación, o homem, identificado como José Derman, publicou no YouTube um vídeo intitulado Nosso total apoio ao herói brasileiro que tentou fazer justiça pelos argentinos. Trata-se de uma referência a Fernando Montiel, o responsável por tentar disparar na líder peronista.

A Polícia de Buenos Aires se dirigiu a três endereços: a casa de Derman, outro imóvel vinculado a ele e um local conhecido como Centro Cultural Kyle Rittenhouse, onde teriam encontrado pinturas e inscrições ligadas à extrema-direita.

De acordo com o diário argentino, os agentes também apreenderam um projétil de morteiro de 83 centímetros, a ser detonado pela Polícia de Buenos Aires.

No vídeo que despertou a atenção das autoridades, Derman lamenta o fato de Montiel ter falhado ao tentar atirar em Cristina, ataca o governo de Alberto Fernández e defende “arrancar o marxismo pela raiz”.

No domingo 4, a companheira de Fernando Montiel foi detida Buenos Aires por ordem da juíza responsável pelas investigações. A mulher, identificada como Brenda Uliarte, foi gravada na companhia do agressor no dia do atentado, ao contrário de sua versão inicial de que não o havia visto nas 48 horas anteriores ao episódio.


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1 comentário

Ravi Soares Barbosa 5 de setembro de 2022 18h56
E a história se repete.... no mesmo hemisfério sul...países diferentesBrasil, Argentina, Chile...com as mesmas tentativas de dominação por parte da banda norte... Quando governos, que não a direita, são eleitos, garantem um pouco mais de dignidade à população que mais precisa com políticas públicas sociais. A elite destra contra ataca, com todas as armas, as mais cruéis e desrespeitosas possíveis contra a Democracia.

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