Mundo
Polícia alemã investiga morte de escritora best-seller
Jornalista alemã Alexandra Fröhlich foi encontrada morta em sua casa flutuante. Autoridades investigam caso como assassinato


A polícia da Alemanha abriu uma investigação de homicídio para apurar as causas da morte da escritora alemã e autora de best-sellers Alexandra Fröhlich, que foi encontrada sem vida em seu barco, no rio Elba, em Hamburgo, na semana passada.
“A investigação identificou que a causa da morte da escritora de 58 anos foi um traumatismo craniano”, disse a polícia ao jornal alemão Hamburger Morgenpost. Relatos iniciais divulgados pela imprensa local indicavam que ela havia sido baleada.
A polícia de Hamburgo afirmou na quinta-feira, sem citar o nome de Fröhlich, que uma mulher de 58 anos foi encontrada morta em sua casa flutuante no distrito de Moorfleet, em Hamburgo, na manhã de terça-feira, 22 de abril.
Em um comunicado à imprensa, as autoridades informaram que o filho da escritora a encontrou sem vida em sua casa e alertou o serviço de resgate do corpo de bombeiros.
Como a causa da morte não era clara e havia indícios de assassinato, os policiais do esquadrão de homicídios assumiram a investigação no local em coordenação com o escritório da promotoria público. Um scanner 3D e mergulhadores da polícia estadual também foram usados para buscar provas.
Um porta-voz da polícia disse mais tarde que, após examinar os vestígios e as evidências, os investigadores concluíram que a mulher morreu em decorrência de violência física. As investigações seguem em curso.
Quem foi Alexandra Frölich?
Fröhlich foi uma das romancistas alemãs mais bem-sucedidas dos últimos anos.
Seu romance bem-humorado e profundo Meine russische Schwiegermutter und andere Katastrophen (“Minha sogra russa e outras catástrofes”, 2012) a colocou na lista dos mais vendidos da revista alemã Spiegel por meses. A escritora disse que o livro foi baseado em sua própria experiência de se casar com um russo.
Seu segundo livro, Gestorben Wird Immer (“A morte é certa”), foi lançado em 2016, seguido por Dreck am Stecken (“Culpa no Cartório”) em 2019, ambos publicados pela Penguin. Ela também escreveu para várias revistas femininas.
Fröhlich iniciou sua carreira jornalística na Ucrânia, onde fundou uma revista feminina em Kiev e, posteriormente, tornou-se jornalista freelancer. Ela teve três filhos.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.