Mundo
Petro defende que Congresso da Colômbia legalize comércio de maconha no país
Na Colômbia, o uso medicinal da planta já está autorizado desde 2016


O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu, neste domingo 2, ao Congresso, a legalização da maconha no país. O político argumenta que a proibição apenas alimenta a violência, onde o cultivo da planta atualmente é permitido apenas para fins medicinais.
A Colômbia, maior produtora de cocaína do mundo, legalizou a cannabis medicinal em 2016. No entanto, seu comércio para uso recreativo continua proibido.
“Solicito ao Congresso da Colômbia que legalize a maconha e tire esse cultivo da violência. A proibição da maconha na Colômbia só traz violência”, escreveu o presidente em sua conta na rede X.
Essa não é a primeira vez que Petro trata do assunto. Em 2022, no início de seu governo, ele propôs ampliar as permissões para o uso da cannabis.
Petro destacou que manterá a “plena colaboração com outros governos na apreensão de cocaína”.
O governo colombiano “focará sua ação nos grandes carregamentos e nos principais chefes, tanto do tráfico de cocaína quanto da lavagem de dinheiro em nível mundial”, acrescentou.
Segundo um relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), a produção de cocaína na Colômbia aumentou 53% em 2023, chegando a 2.600 toneladas anuais.
As autoridades colombianas apreenderam um total de 861,7 toneladas de cocaína em 2024, 115 toneladas a mais do que em 2023.
(Com AFP)
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